Por mês, eles custavam cerca de R$60 mil aos cofres públicos; Eles foram afastados acusados de crime de peculato e falsidade ideológica
A Câmara Municipal de Nova Serrana, aprovou nesta terça-feira (28), a suspensão do pagamento dos salários dos seis vereadores que foram afastados em 2019 após operação do Ministério Público. Denúncia foi oferecida pela promotoria e a ação tramita na justiça. Eles são suspeitos de cometerem crime de peculato e falsidade ideológica.
Em reunião extraordinária, o projeto de resolução de iniciativa da Mesa Diretora, aprovou com 10 votos favoráveis a suspensão dos pagamentos. A matéria teve apenas um voto contrário, o da vereadora Terezinha do Salão.
De acordo com a Assessoria da Câmara, a partir de julho o pagamento do subsídio dos vereadores afastados já está suspenso. O valor bruto que cada um recebe é R$8.150,84 por mês. O impacto na folha de pagamento era de aproximadamente R$59,6 mil/mês. Além de pagar mensalmente o vencimento aos afastados, o Legislativo ainda tinha despesa de igual valor com os suplentes convocados para assumirem as cadeiras vagas.
Entenda o caso
No dia 7 de maio de 2019, a justiça expediu mandados de afastamento cautelar contra seis vereadores e oito assessores em Nova Serrana. Foram executados mandados de busca e apreensão nas residências dos vereadores, seis nos gabinetes da Câmara Municipal, um no departamento pessoal na Câmara Municipal e oito mandados nas residências dos assessores, além de outras medidas, como impossibilidade de que eles mantenham contato entre si.
São investigados o presidente do Legislativo, Omar Santos (PROS), o vice-presidente Valdir Rodrigues, conhecido como Valdir das Festas Juninas (PCdoB), Juliano Boa Vista (PSL), Gilmar Martins, conhecido como Gilmar da Farmácia (PV), Adair Lopes, conhecido como Adair da Impacto (Avante) e Waldir Mecânico (PCdoB).
Segundo as investigações, os vereadores possuíam dois assessores parlamentares e um auxiliar parlamentar. Um dos auxiliares morava em Pará de Minas/MG, onde mantinha uma empresa de lanternagem de motos. Conforme apurado, ele sequer comparecia na câmara; ele devolvia todos os vencimentos ao vereador.
De acordo como Gaeco, os demais nomearam como assessores ou auxiliares pessoas sem qualquer qualificação profissional, mas que tinham ajudado na campanha eleitoral dos então candidatos. Assim, o vereador retribuía o “trabalho voluntário”.