O boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância em Saúde revela que foram registrados 54 casos notificados como suspeitos de dengue em Divinópolis. Se comparado com o mesmo período de 2014, o número de notificações é 90% menor. Mesmo assim é maior do que o número divulgado na última semana, quando foram registradas 36 notificações, o que demonstra uma tendência de crescimento.
De acordo com as autoridades de saúde do município a situação está longe de ser tranquila. Isto por causa dos aumentos registrados e porque o pico da dengue na cidade ocorre, geralmente, na 15ª semana, ou seja, entre os dias 12 e 18 de abril.
“Vale reforçar a necessidade de a população ficar atenta e eliminar das residências os possíveis focos de proliferação do mosquito que transmite a doença. Noventa e cinco por cento desses criadouros estão nas casas”, explica coordenadora do serviço de vigilância em saúde, Celina Pires.
Além dos seus trabalhos de rotina a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) realiza ações pontuais que visam orientar a população e, também, eliminar os focos de proliferação do mosquito.
Em vários municípios vizinhos a dengue avança e este ano está mais severa com maior necessidade de hospitalização das pessoas infectadas pelo Aedes aegypti.
2° LIRAa do ano será realizado na próxima semana
A Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), por meio da Diretoria de Vigilância em Saúde/Gerência de Vigilância em Saúde Ambiental, iniciará, na próxima segunda-feira (9.3), o 2º LIRAa – Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti e do Aedes albopictus, mosquitos transmissores da dengue e da febre chikungunya, de 2015.
O trabalho será realizado no período de 9 a 13 de março. Para tal, o município foi dividido em 11 regiões com número de imóveis entre 8.000 e 12.000 e, de acordo com a técnica, deverão ser visitados, no mínimo, 4.549 imóveis distribuídos pelos 153 bairros reconhecidos para o programa de controle da dengue e da febre chikungunya.
O objetivo é verificar o índice de infestação geral dos mosquitos Aedes aegypti e o Aedes albopictus, importantes na transmissão da dengue e, agora, da febre chikungunya, e por região do município e quais os recipientes predominantes utilizados para seu desenvolvimento e as informações obtidas possibilitarão intensificar as ações nos locais com maior presença do vetor.
Vale ressaltar que o último LIRAa, realizado no mês de janeiro/15, apresentou um índice de infestação igual a 3,8% e 0,2% para o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, respectivamente, sendo que 95% dos focos foram encontrados dentro de residências e os principais reservatórios foram os sanitários em desuso, calhas, lajes, piscinas, ralinhos e fontes ornamentais seguidos pelos vasos de planta, bebedouros de animais, plástico, garrafas e latas. O levantamento de março de 2014 demonstrou que 3,7% dos imóveis apresentaram larvas do mosquito transmissor.