O promotor Sérgio Gildin está confiante na proposta do governo estadual para ajudar a salvar o Hospital São João de Deus. Nem mesmo a crise financeira que assola o país, segundo ele, deverá prejudicar essa intervenção da Secretaria de Estado de Saúde. Isso porque a região Centro-Oeste é a única de Minas Gerais a contar apenas com uma unidade que atende a alta complexidade.
“O Hospital São João de Deus tem uma particularidade que nenhum outro hospital de Minas tem. Porque o Hospital São João de Deus é o único na macrorregião ampliada do Oeste de Minas credenciado para prestar serviço de alta complexidade para a saúde. Em todas as outras regiões existem mais de um hospital, então o manejo fica mais fácil, falta em um manda para o outro. Aqui a nossa situação é especial e merece um tratamento especial”, afirmou durante entrevista ao MGTV.
Depois de várias possibilidades colocadas em mesa para o Estado ajudar na recuperação da unidade, as discussões ganharam novos caminhos na semana passada, conforme mostrou o PORTAL. Nesta terça-feira diretores da Dictum e o Ministério Público se reuniram para debater o assunto e apresentar um estudo nesta terça-feira (30) ao Secretário de Estado de Saúde, Fausto Santos.
A preocupação agora é em ampliar a assistência, assegurando uma remuneração que viabilize, sem déficit, os atendimentos e procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O Estado se mostra efetivamente preocupado em cumprir sua obrigação que é prestar ao São João de Deus a remuneração adequada para a manutenção do serviço relativo ao SUS. O Estado sinaliza uma possibilidade de equalizar esses gastos relativos ao custo do serviço, no sentido que o hospital não tenha prejuízo de prestar serviço ao SUS”, afirmou o promotor.
“O hospital é uma fundação de direito privado, é uma empresa privada, contratada pelo SUS para prestar serviços. O problema é que as verbas que vem do SUS através de diversos incentivos e programas, no seu conjunto total, elas acabam sendo deficitárias para prestar os mesmos serviços que são contratados pelo SUS”.