Tecendo críticas a postura do prefeito Vladimir Azevedo (PSDB), o diretor jurídico do Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram), Alberto Gigante cobrou, nesta sexta-feira (08), um pedido de desculpas. Hoje a paralisação completa 10 dias
Gigante disse que este pedido é o mínimo a ser feito pelo prefeito. Ele citou o acordo feito com a categoria no final do ano passado. Lembrou que defendeu na assembleia a proposta apresentada pelo governo e que os servidores confiaram na palavra de Vladimir. O diretor do Sintram afirmou que ele “faltou com a verdade” e deve se desculpar.
“Acho que ele deve isso ao servidor, essa não é uma atitude honrosa de homem público”, afirmou.
A categoria também não abre mão de negociar pessoalmente com o prefeito. Há expectativa é que uma reuniãoseja marcada para a próxima terça-feira (12), um dia após o encontro com o deputado federal, Domingos Sávio (PSDB).
Desta vez o sindicato parece estar mais disposto a flexionar a pauta. Gigante afirmou reconhecer o cenário de crise, mas disse que o governo precisa apresentar dados que comprovem as dificuldades enfrentadas pelo município. Salientou também que a categoria sentará disposta a ouvir.
“A nossa referência continua sendo aquilo que o prefeito nos prometeu e retirou. Mas, se você vai para um processo de negociação você precisa abrir o coração e ir disposto a ouvir outras coisas. Ao sentarmos precisamos ter este comportamento do bom senso”, enfatizou.
“Desde o começo estamos chamando a prefeitura para o diálogo porque greve é muito ruim para todos”.
Desde o início do movimento o prefeito não recebeu a categoria. Apenas uma reunião com os membros do Conselho de Acompanhamento Administrativo Financeiro (Caaf) foi realizada. Entretanto, os servidores participaram apenas como ouvintes cobrando a presença de Vladimir.
Em coletiva, o tucano condicionou a negociação à suspensão da greve. O diretor do Sindicato descartou essa possibilidade e reafirmou o interesse pelo diálogo. A categoria reivindica a reposição da inflação de 11,27%.
“Isso não se trata de campanha salarial, mas de um direto constitucional que é a reposição”, concluiu.