Talita Camargos

Esta é uma coluna de dicas de português, a política passa longe dos assuntos que serão tratados, mas foi ela que mostrou que há algo de errado com a Petrobrás, inclusive com a grafia da palavra. Aliás, a confusão existe exatamente porque Petrobrás não é palavra e sim uma sigla. Portanto, Petrobras não é acentuada como tenho visto em vários veículos de comunicação, grandes e respeitados, inclusive.

A primeira vez que corrigi a sigla fui questionada. Tive que entrar no site institucional da Petrobras para provar que não tem acento. Mas, por que Petrobras não é tudo maiúsculo então, se é uma sigla?

É outra confusão. Só porque é uma sigla não quer dizer que deve-se escrever em caixa alta. A regra é a seguinte:

– Até três letras: tudo maiúsculo. Exemplo: PUC, CDL, UOL.

– Com quatro letras ou mais: há duas normas.

1. Quando pode ser lida, “forma palavra”, só a inicial da sigla é maiúscula. Exemplo: Petrobras (rs), Sine, Unesp.

2. Quando a sigla não pode ser lida tudo é maiúsculo. Exemplo: IBGE, UFMG, ABNT.

Essas são as regras dos manuais de jornalismo e da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Normalmente, algumas empresas modificam um pouco as normas e usam conforme bem entendem as siglas, colocam maiúsculas no meio e outros. Porém, ao escrever trabalhos acadêmicos,  textos jornalísticos ou outro que não for entregue para a empresa que a sigla nomeia, a indicação é seguir a regra. 

E lembre-se, a Petrobras segue a determinação da ABNT e manuais, assim, escreva sempre sem acento e apenas com a inicial maiúscula.