O Queijo Mineiro Um sabor que transcende gerações.(FOTO: Reprodução EPAMIG)
O Queijo Mineiro Um sabor que transcende gerações.(FOTO: Reprodução EPAMIG)

Do campo à mesa, a tradição e a paixão pelo queijo mineiro são um reflexo da alma de Minas Gerais no Dia Nacional do Queijo

Em Minas Gerais, o queijo não é apenas um alimento; é um pedaço da alma mineira, transmitido de geração em geração, carregando consigo as histórias, o suor e as tradições de um povo.

Não é à toa que, quando se fala em queijo, é impossível não pensar em Minas. E no Dia Nacional do Queijo, celebrado em 20 de janeiro, esse tesouro ganha ainda mais destaque.

O bom e velho queijo está sempre presente nas mesas de domingo, ao lado do café, da goiabada e do pão fresco.

Nada mais mineiro do que o aroma do queijo recém-feito, embalado em uma tradição que vai além da culinária: é uma forma de vida. E não é apenas o sabor que encanta. Há algo de mágico nesse alimento que vai além do paladar, algo que se sente no coração.

Cultura Artesanal

Minas é um estado abençoado pelo queijo, esse pedaço de cultura artesanal que, com suas variações, se torna quase uma língua própria.

Em cada canto do estado, seja nas montanhas da Serra da Canastra, na tranquilidade do Serro ou no interior de Araxá, o queijo ganha uma assinatura única, criada pela geografia e pelo clima de cada região.

O Queijo Minas Artesanal, por exemplo, não é apenas um produto, mas uma celebração da natureza. Aquele queijo curado, com casca firme e interior cremoso, é como um bom livro que, quanto mais amadurece, mais revela suas camadas de sabor.

E como ele é feito? O processo é tão fascinante quanto o próprio queijo. Desde o momento em que o leite é ordenhado, ainda quente da vaca, até a maturação lenta que dá ao queijo seu caráter, tudo é feito com mãos cuidadosas e um olhar atento.

Em cada fazenda, o produtor de queijo é como um artista, moldando a massa com um toque de sabedoria que só o tempo e a experiência trazem. Tudo acontece no tempo certo. O segredo está na paciência, na espera e na dedicação para alcançar a perfeição sem pressa.

Seja na forma do frescal, do curado, ou do meia-cura, o queijo mineiro tem algo de divino. Ele é o centro das conversas nas mesas, é o elo entre gerações, um símbolo de hospitalidade, de simplicidade, de sabor inigualável.

E, aos domingos, quando nossos avós colocavam sobre a mesa uma tábua com pedaços de queijo cortados à mão, acompanhados da goiabada caseira, vivíamos momentos de união, prazer e partilha. O queijo mineiro representa exatamente isso: encontros, afetos e lembranças que se perpetuam no sabor.

EPAMIG

O que muitos não sabem é que inovação e ciência também acompanham a tradição do queijo mineiro.

A EPAMIG (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) tem sido, além disso, uma grande aliada dos produtores. Dessa forma, une o saber popular com a tecnologia moderna, o que melhora a qualidade e, ao mesmo tempo, garante a sustentabilidade dessa produção tão ancestral.

A EPAMIG não só realiza estudos para aprimorar as técnicas de fabricação, mas também auxilia no desenvolvimento de novos produtos, sempre respeitando as raízes da queijaria mineira.


O queijo mineiro é mais do que um alimento: é cultura e história. Além disso, em cada pedaço, encontra-se um pedacinho do Brasil e uma ligação direta com as nossas origens.

Talvez por isso, o queijo não se limite ao prato. Ele atravessa o tempo, nos conecta com o passado e com o futuro. Cada mordida nos leva à infância, ao campo, às montanhas de Minas. E, ao mesmo tempo, nos faz sonhar com os horizontes do mundo, onde o queijo mineiro tem conquistado admiradores, de Paris a Nova York.

O Dia Nacional do Queijo, embora simbólico, reforça a importância desse alimento em nossas vidas. Além disso, destaca o valor cultural e econômico que ele representa para o país.

Ele é um elo com a nossa identidade e com as nossas origens. No fundo, o queijo mineiro vai além de ser apenas um pedaço de leite e sal. Ele é, na verdade, um pedaço de Minas, um pedaço de nós.

Que, ao longo dos anos, essa arte continue sendo preservada, celebrada e, além disso, transmitida às próximas gerações.

Que o queijo, esse pedacinho de Minas, continue a nos unir à mesa, nas histórias e nos sabores. Porque, no fim, quem provou, sabe: não há nada como o queijo mineiro.