Diego Henrique 

De janeiro a junho deste ano, Divinópolis já registrou 105 incêndios em vegetação. O número aumentou 101% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 52 incêndios. O número de registros em toda a região Centro-Oeste também sofreu elevação. De janeiro a junho de 2015 foram 184 incêndios, já em 2016 foram 405 registros, apontando crescimento de 120%.

(Foto: Reprodução/Whatsapp)

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Segundo o tenente do Corpo de Bombeiros, Tiago Boaventura, o maior número de ocorrências é em lotes vagos, onde os proprietários preferem atear fogo a fazer a limpeza do local.

“Recomendamos que os lotes sejam roçados e que os proprietários não coloquem fogo. É muito importante também estar atento em relação a materiais inflamáveis descartados em locais propícios a propagação do fogo, como  bitucas de cigarro, por exemplo”, explicou o tenente.

Nesta quinta-feira (14) o TempoClima da PUC Minas emitiu um sinal de atenção devido a baixa umidade do ar. Nesse período do ano é comum o ressecamento da vegetação e a falta de chuva, o que favorece o risco de incêndios.

Exceções

O Código Florestal proíbe o uso de fogo na vegetação, mas abre pelo menos três exceções: em locais ou regiões onde é necessário o uso do fogo para práticas agropecuárias, desde que o órgão ambiental responsável autorize; Queimada controlada para a preservação da vegetação nativa e em casos de pesquisa científica.

Caso o cidadão não tenha autorização para realizar o incêndio, ele poderá ser enquadrado no artigo 41 da Lei de Crimes Ambientais que prevê reclusão de dois a quatro anos. Incêndios que colocam em risco a vida, a integridade física ou o patrimônio de terceiros, o autor está sujeito a reclusão de três a seis anos de acordo com o artigo 250 do Código Penal.