Prefeitura nega e diz que o cão recebeu os cuidados do veterinário que tentou impedir que ele fosse levado do local

A Sociedade Protetora dos Animais de Divinópolis (SPAD) acusou o Centro de Referência de Vigilância em Saúde Ambiental (Crevisa) de maus tratos. Em uma postagem no Instagram a entidade alegou ter ido até o local após receber denúncias. Ao chegar lá, os representantes  se depararam com um filhote em situação precária.

“Encontramos uma filhotinha amuada e encolhida, tremendo e gemendo de dor, deixada no cimento frio sem nada mais, que confirmando a denúncia, fora atropelada e passou por uma amputação. Assustadas vimos que a cadelinha estava amputada até o ombro; sem nenhuma atadura; faixa ou remédio visível, como sprays para evitar bicheiras; nem mesmo um medicamento para dor lhe foi dado”, disse a entidade na postagem.

De acordo com a SPAD, os representantes da entidade afirmaram que levariam o animal para receber um tratamento adequado, porém um funcionário da Crevisa se negou e disse que eles não poderiam resgatá-lo. Em um momento, um veterinário chegou e também tentou impedir que isso acontecesse, barrando até fisicamente e se colocando deitado em frente ao carro, segundo a SPAD, mas a cadelinha, no fim, foi resgatada.

“O animal foi retirado do local para ter sua vida salva! Chegou à clínica veterinária, diretamente do Crevisa, com febre, agonizando, até mesmo defecando e urinando de dor. Estamos apavoradas com tamanha judiação”, relatou a SPAD.

O órgão finalizou a postagem dizendo esperar mais do que apenas justificativas.

“Não podemos deixar de mostrar as mazelas que esses pequenos seres indefesos sofrem no local. Não vamos nos intimidar ou calar, ameaças só nos farão caminhar com mais certeza de que todos precisam saber e lutar pelos animais que não podem falar”, finalizou.

Na clínica veterinária, a cadelinha passou por uma nova cirurgia.

Prefeitura

Em nota, a Prefeitura se posicionou, dizendo que o cão atropelado nesta quarta (09), chegou ao Crevisa e recebeu imediatamente os primeiros atendimentos do veterinário. O Município afirmou que o animal teve uma das patas amputada devido a gravidade do ferimento ocasionado.

Sobre a ausência de ataduras, a Prefeitura disse que o próprio cão tirou o curativo durante à noite e que o veterinário, ao constatar a situação pela manhã, foi preparar uma nova proteção para evitar uma contaminação.

Sobre o resgate dos representantes da SPAD, o Município descreveu da seguinte forma:

“Nesse momento, duas mulheres entraram no Crevisa e retiraram o cão. O veterinário explicou que o cão estava sob os cuidados da unidade, mas as mulheres levaram o animal sem o curativo. O veterinário Frederico Rodrigues Ramalho tentou impedir que as duas levassem o cão e quase foi atropelado pelo veículo conduzido pelas mulheres”, descreveu.

Segundo a Prefeitura, o Crevisa registrou um boletim de ocorrência sobre o ocorrido, que os veterinários repudiam a afirmação de maus tratos e afirmou que o cão foi tratado com os devidos cuidados pelos profissionais da unidade.