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Padre Beto Mateus Rocha usou as redes sociais para explicar as irregularidades cometidas por ele que levou a Diocese de Divinópolis a interdita-lo. Na postagem feita no Facebook ele confirmou os problemas financeiros e disse ter adquirido dívidas.
“Posso lhe garantir que não fiz nada que pudesse ofender meu sacerdócio ou mesmo minha Igreja. A penalidade se refere apenas a dívida que assumi com terceiro relacionada aos aluguéis de minha irmã e necessidades financeiras. Por isto, tive que pegar dinheiro emprestado e fui denunciado”, contou.
Ele abriu a postagem dizendo que gostaria de gravar um vídeo.
“Mas este coração velho e enfraquecido, não conseguiria expressar o que estou passando”, afirmou, acrescentando que foi para o seminário aos 12 anos e que quando criança o que mais gostava era brincar de celebrar missa.
“Sou sacerdote por vocação e minha vida é e sempre será o sacerdócio”.
Ele ainda disse que está acertando com as pessoa que o emprestaram dinheiro.
“Aqueles que me conhecem sabem da minha espiritualidade, sabem do meu serviço prestado à Igreja durante 43 anos de vida sacerdotal. Acreditem, o remédio está sendo amargo e forte demais para um simples padre que não tem nada mais do que o seu sacerdócio e o serviço a seus irmãos para viver”.
Ele concluiu deixando uma oração.
“O coração do Bom Pastor é não apenas o coração que tem misericórdia de nós, mas a própria misericórdia. Nele resplandece o amor do Pai; nele tenho a certeza de ser acolhido e compreendido como sou; nele, com todas as minhas limitações e os meus pecados, saboreio a certeza de ser escolhido e amado.”
De acordo com a Diocese, “a necessidade de estabelecer penalidades medicinais para estes comportamentos” levou a retirar dele o “uso de ordens” por tempo indeterminado e a determinar a interdição.
Ele continua recebendo as côngruas (remuneração) que todo clérigo tem direito a receber. Além disso, ele tem lugar de estadia, alimentação e cuidados, oferecidos pela Diocese.
“Não há nenhuma postura exagerada ou estranha da parte da Diocese nas medidas tomadas, pois o padre foi advertido inúmeras vezes sobre seu modo de agir”.
Os limites impostos a Pe. Bento Mateus Borges são os seguintes: celebrar a Eucaristia só privadamente; suspensão para o exercício de quaisquer outros atos ministeriais (Batismo, Confissão, Unção dos Enfermos, Matrimônio e outros); obrigação de residir no apartamento da Mitra Diocesana, no Centro Diocesano de Pastoral, onde terá a assistência devida.