O tema foi abordado durante homilia de Corpus Christi (Foto: Divulgação)

O tema foi abordado durante homilia de Corpus Christi (Foto: Divulgação)

Em fala polêmica, o bispo Dom José Carlos abordou a “ideologia de gêneros”. A afirmação foi em resposta aos Planos Municipais de Educação (PME) em elaboração nas cidades brasileiras. Alguns querem colocar o tema como matéria escolar na rede municipal de ensino. Dom José Carlos disse que cabe aos pais serem os primeiros a falarem sobre sexualidade e não as escolas.

“A fé nos ensina que os primeiros educadores são os pais. Quem tinha que ensinar e falar sobre sexualidade com os filhos não deveria ser primariamente a escola porque do jeito que estamos indo vamos terminar mal. Quem deveria fazer isso primeiro são os pais. Se a escola puxa para si o direito e dever a tarefa de fazer isso de forma bastante complicada, para não dizer outras palavras, nós corremos sérios riscos”, afirmou durante homilia de Corpus Christi de Divinópolis.

A igreja católica entende que a “ideologia de gênero” é uma tentativa de afirmar para todas as pessoas que não existe uma identidade biológica em relação à sexualidade. Quer dizer que o sujeito, quando nasce, não é homem nem mulher. Para Dom José Carlos “isso também afronta a nossa fé que nos faz entender que Deus nos fez homem e mulher, que ninguém nasceu assexuado para fazer a opção depois”.

“Já nascemos levando conosco uma genética feminina ou masculina, uma mente e um coração masculino ou feminino, nós não temos que aprender a sermos isso. Precisamos aprender, sadiamente, a construir o nosso ser homem ou mulher no mundo”, enfatizou.

Para o bispo, “não se trata de uma opção, orientação que a escola pode dar em algum momento”. Dom José Carlos tratou o assunto como “problema grave”.

“Estamos diante de um problema grave e vocês que são pais e mães tomara que se interesse porque os planos municipais de educação estão colocando aquilo que não foi aprovado lá no Congresso como uma lei universal para o país”.

“Talvez nós, os pastores, tenhamos uma autoridade menor neste caso. Não são propriamente os nossos filhos que estão lá, são os seus. Se interessem pelo o que a escola quer puxar para si como dever de educar para a sexualidade. Sofreremos todos, a família e a igreja, se caminharmos para uma cultura em que tudo se torna uma questão de mera escolha. Não queremos criar libertinos e nem maníacos, queremos homens e mulheres sadios, saudáveis, capazes de estar no mundo, como homens e mulher lhe dar com os demais irmãos”, concluiu.