A notícia de fechamento de dois Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) gerou reboliço na reunião da Câmara de Divinópolis, nesta terça-feira (07). Vereadores criticaram e cobraram explicações sobre a medida adotada pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) para conter gastos. O vereador Anderson Saleme (PR) apresentou um abaixo assinado com 300 assinaturas de pais insatisfeitos.
A confirmação do fechamento das duas instituições – Maria Lúcia Gregório (Bairro Terra Azul) e Rafael Nunes (Bairro Santa Lúcia) – partiu da própria secretaria, nesta segunda-feira (06). Ao todo, os Cmeis atendiam 146 crianças, que segundo a secretária Rosemary Lasmar, serão transferidas para as escolas Antonieta Fonseca, Antônio Severino de Azevedo e Evelina Greco.
Mesmo com o remanejamento, os pais estão relutando contra a medida. Até o final desta semana eles deverão apresentar mais 500 assinaturas contra o fechamento das instituições. Os documentos serão repassados a Saleme que os encaminharão à secretaria.
“Vários pais, avós, manifestaram sua insatisfação com o fechamento e recolheram as assinaturas para tentar reverter essa situação […] Vamos encaminhar o abaixo-assinado, essa será nossa última cartada antes do fechamento”, disse Saleme.
A Comissão de Educação vai convocar a secretária da pasta para dar explicações. Além do fechamento, o presidente da comissão, Careca da
Água Mineral (Pros) chamou a atenção para outros problemas para quem vive e estuda nos dois bairros. Ele esteve no Terra Azul na manhã de hoje (07).
“Vimos a precariedade do bairro, um bairro carente, custamos chegar lá e observamos que os pais colocam os filhos no Cmei para trabalhar, dando qualidade de vida e condições para essas crianças estudarem. Colocar essas crianças na escola, com meninos maiores, até gera preocupação”, comentou.
Contenção
O fechamento faz parte de medidas de contenção de gastos. Nesta terça-feira conselheiros irão se reunir também para discutir o assunto. Fala-se em conter pelo menos R$ 7 milhões.
Além da desativação dos Cmeis alguns projetos foram suspensos temporariamente: A Oficina Itinerante e o Coletivo de Educadores.
“Em todas as mudanças tivemos o cuidado de preservar a essência da educação, com alunos na escola, transporte escolar, merenda, diretor, professores na sala de aula, bom funcionamento da escola e o atendimento ao público. De forma alguma o ensino foi prejudicado”, disse ontem (06) Rosemary.