Área próxima a represa na mina do Córrego do Feijão, perto de Brumadinho, Brasil, é retratada após o colapso do dia 25 de janeiro de 2019 nesta foto de satélite de 26 de janeiro de 2019 obtida pela Reuters em 27 de janeiro de 2019.

A usina, que fica no Rio Paraopeba, está localizada a 200 quilômetros do local do rompimento da barragem
 

A paralisação na geração de energia na Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, em razão do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG), não afetará a operação do sistema elétrico nacional. A informação é do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A usina, que fica no Rio Paraopeba, está localizada a 200 quilômetros do local do rompimento da barragem.

“A operação da usina de Retiro Baixo foi paralisada por medida de precaução. A usina estava gerando apenas 30 MW [mega Watts]. Sua paralisação não traz impacto para o sistema”, disse a assessoria do ONS à Agência Brasil. 

Na sexta-feira (25), a Agência Nacional de Águas (ANA) informou que o reservatório da usina servirá para conter os rejeitos da barragem. Na mesma ocasião, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disse que a produção da usina foi interrompida e que testes de vertedouro estão sendo conduzidos e fechadas as tomadas de água para preservar os equipamentos.

O rompimento da barragem do Córrego do Feijão atingiu o Rio Paraopeba ainda na sexta. Em nota, a ANA chegou a dizer que Retiro Baixo seria usada para amortecer os rejeitos de minério. A intenção é evitar que os rejeito atinjam outros reservatórios, como o da Usina Hidrelétrica Três Marias. 

A usina tem 82 MW de capacidade instalada e está localizada entre os municípios de Curvelo e Pompéu (MG), no baixo curso do Rio Paraopeba, afluente do Rio São Francisco. De acordo com o ONS, apesar da paralisação da usina, o abastecimento de energia no país está garantido, devido ao fato de a usina estar gerando pouca energia.

A usina é um empreendimento conjunto da Cemig (49,9%), Furnas (49%) e Orteng (1,1%). O reservatório tem volume de 240 hectômetros cúbicos. Segundo o ONS, ainda não há previsão para a normalização da operação da usina.