Será apurado suposto crime contra a honra cometido em desfavor de Raquel após acusação de favorecer imobiliária 

A Polícia Civil em Divinópolis instaurou inquérito para apurar suposto crime contra a honra cometido em desfavor da secretaria municipal de Administração, Raquel Freitas. A informação foi confirmada pela assessoria de comunicação do órgão. Segundo o delegado regional Cleovaldo Pereira, as partes e eventuais testemunhas serão ouvidas.

A secretária registrou queixa crime contra uma reportagem divulgada no Divinews com uma denúncia de suposto favorecimento a uma imobiliária na locação de imóveis da prefeitura. O último seria o prédio onde funciona o Centro de Atendimento ao Cidadão (CAC), na Avenida Getúlio Vargas.

Em nota, a administração manifestou “repúdio” em relação a matéria veiculada, na qual faz ilações sobre irregularidades de procedimentos administrativos destinados à contratação de imóveis por parte do município.

“O que faz de forma irresponsável e sem nenhum tipo de documento que evidencie qualquer das acusações mentirosas que fez. Todas as medidas cabíveis nas esferas policial e judicial estão sendo tomadas para trazer à luz a verdade dos fatos e engrossar o coro daqueles que se opõe a esse tipo de prática nefasta ao direito a informação”, declarou.

Em nota, o órgão também informou estar compilando todas as informações que desmentem o suposto favorecimento. Tratou também o texto como “perseguição descabida e constrangedora”.

Contratos

De acordo com o Portal da Transparência, há apenas seis contratos em nome da Gerais Imobiliária em vigência. Três deles foram firmados em 2018, um no ano seguinte e dois em 2020. Do total, cinco foram ao longo do atual mandato e um fruto de renovação referente a um processo de 2011.

Este ano foram firmados um contrato referente a locação de um imóvel no bairro Jardim das Oliveiras para abrigar a Estratégia Saúde da Família (ESF) do bairro Candelária e outro para o CAC. Cada contrato tem valor total de R$7,2 mil e R$264 mil, respectivamente, para o período de 12 meses cada.

Os demais contratos são para abrigar o Serviço de Acolhimento à População de Rua, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) e o Serviço de Especialidades Odontológicas (SEO), este último termina no próximo dia 14 e está em vigor desde 2011, ou seja, desde mandatos anteriores. Há também a locação de um imóvel como auxilio moradia. O contrato dele termina em novembro deste ano.

Vai ter que provar

Ao PORTAL GERAIS, o proprietário da imobiliária Wander de Sousa disse que participará do processo como testemunha já que a secretária tomou a iniciativa de registrar a denúncia contra a matéria veiculada. Afirmou que caberá ao blog provar as afirmações.

“Uma empresa com tantos anos de mercado não precisa disso. A gente acorda cedo para trabalhar. Ele vai ter que provar”, declarou.

A partir da ação, segundo Wander, as providências serão tomadas.