Projeto da Cemig prevê que a operação na represa de Carmo do Cajuru comece em 2025; Deputado tenta barrar
No início de março, a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) anunciou a intenção de implantar três usinas solares flutuantes em reservatórios hidrelétricos do Estado. No projeto, um dos espaços pretendidos pela Companhia é a área dos lagos da barragem de Carmo do Cajuru, classificada pelos parâmetros da Cemig como pequena central hidrelétrica (PCH).
Preocupado com o impacto negativo com o turismo da região, o deputado federal Domingos Sávio (PL) se reuniu nesta segunda-feira (17/4) com a diretoria da Cemig, em Belo Horizonte, para discutir o assunto.
De acordo com Domingos, é necessário repensar essa decisão por parte da companhia, uma vez que a barragem de Carmo do Cajuru é, hoje, um dos grandes potenciais turísticos e econômicos da região.
“É a principal fonte de renda para diversos empreendedores e trabalhadores da região. Temos trabalhado diariamente nos últimos anos para fomentar ainda mais o turismo na represa de Carmo do Cajuru, tomando todos os cuidados ambientais que prevê a legislação. Uma obra dessa complexidade é extremamente prejudicial ao turismo local”, afirmou o deputado.
O impacto ambiental que a obra poderá acarretar também foi pauta importante de discussão levantada por Domingos Sávio.
“Tenho estudado sobre este assunto frequentemente. Eu entendo que a Energia Solar Fotovoltaica é uma energia limpa e sou seu defensor, mas tudo depende do lugar onde é implantada. Na barragem de Cajuru, por exemplo, trará mais prejuízos do que benefícios. A região onde pretendem instalar as placas solares a lâmina d’água é relativamente pequena e ficará totalmente coberta, o que poderá trazer prejuízos ambientais e certamente trará enorme prejuízo paisagístico, prejudicando o turismo e a geração de emprego e renda para os trabalhadores regionais”, detalhou.
De forma taxativa, Domingos Sávio se posicionou totalmente contra a instalação da Usina, e espera que a Cemig remaneje o projeto para locais onde não haja grande impacto ambiental e social.
“Estou totalmente aberto ao diálogo, que foi exatamente a forma que encontrei de expressar minha opinião à diretoria da Cemig. E economia de Carmo do Cajuru e região é dependente do turismo na Barragem, e precisamos fomentar esta área. Implantar essa Usina vai totalmente contrário aos nossos projetos e ideias”, concluiu.