A Polícia Federal encerrou nesta quinta-feira (04) a investigação iniciada em dezembro de 2013 sobre a prática de gestão fraudulenta do Instituto de Previdência Municipal de Oliveira, o OLIVEIRAPREV. O inquérito foi instaurado a partir de notícia crime encaminhada pelo Ministério Público Federal e pelo próprio OLIVEIRAPREV. A gestão fraudulenta foi caracterizada por inúmeras ações irregulares, como aprovação e aplicação irregular de recursos financeiros em fundos de investimentos inidôneos, acarretando perda significativa de seu patrimônio.
De acordo com a Polícia Federal, no curso das investigações foram ouvidas inúmeras testemunhas e pessoas envolvidas, além da análise minuciosa de documentos e relatórios de auditoria para a obtenção de provas do ilícito.
Ainda segundo a Polícia Federal, através da colheita de provas foi possível comprovar a gestão temerária praticada, com aplicações em fundos desenquadrados da legislação, culminando com uma perda total de R$ 4.291.796,90, relativa ao prejuízo dos referidos fundos e remuneração com os outros investimentos até então executados, isto até a data de 30/08/2013.
Diante dos fatos, foram indiciados o superintendente do OLIVEIRAPREV na época dos fatos, Daniel de Queiroz; a Diretora Financeira/Tesoureira e conselheira administrativa, Aparecida de Lourdes Santos Ribeiro; e o ex-prefeito de Oliveira, Ronaldo Resente, por gestão fraudulenta e falsidade ideológica. Caso sejam condenados, eles podem pegar entre 1 e 12 anos de prisão dependendo do crime que se enquadrarem.
O inquérito policial será encaminhado à Justiça Federal de Belo Horizonte, competente para o julgamento de crimes contra o sistema financeiro, que após manifestação do Ministério Público Federal, poderá determinar o início da ação penal.