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Documento revela planos de Bolsonaro para manter-se no poder por meio de um golpe e questiona decisões judiciais, enquanto acusados rebatem denúncias
A Procuradoria-Geral da República (PGR) revelou, nesta quarta-feira (19), que encontrou um documento na sede do Partido Liberal (PL) com o discurso que Jair Bolsonaro faria para justificar um golpe de Estado.
De acordo com as investigações, o material estava tanto na sala do ex-presidente quanto no celular de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens.
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Segundo o procurador-geral Paulo Gonet, o texto confirma que Bolsonaro controlava as ações do grupo investigado.
Além disso, o discurso defenderia a decretação de Estado de Sítio e da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), ao mesmo tempo que questionava decisões judiciais.
Por esse motivo, na terça-feira (18), a PGR denunciou Bolsonaro e mais 33 pessoas ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Entre os acusados, também aparecem militares como Braga Netto e Mauro Cid.
No discurso de quatro páginas, Bolsonaro critica o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), alegando que decisões dessas cortes violaram o chamado “Princípio da Moralidade Institucional”.
Como consequência, o documento afirma que um Estado de Sítio seria necessário para “restaurar a segurança jurídica e as liberdades”.
Além desse material, os investigadores também encontraram outro documento na mesa de um assessor de Braga Netto.
Dessa vez, o texto detalha medidas que o grupo adotaria para consolidar o poder. O material, chamado “Operação 142”, sugere, por exemplo, anular as eleições, prorrogar mandatos e substituir o TSE. No final, o documento destaca a frase: “Lula não sobe a rampa”.
Diante das acusações, a defesa de Bolsonaro classificou a denúncia como “absurda” e negou qualquer tentativa de golpe.
Da mesma forma, os advogados de Braga Netto rejeitaram as acusações e chamaram a investigação de “fantasiosa”.
Por fim, o ministro Alexandre de Moraes retirou o sigilo da delação de Mauro Cid, ainda nesta quarta-feira (19/2), para dar transparência ao caso.