Amanda Quintiliano
O candidato passou pela Goiás e 21 de Abril (Fotos: Amanda Quintiliano)
Carregando na mala, mais críticas do que propostas, o candidato ao governo de Minas, Fernando Pimentel (PT) passou, nesta terça-feira (12), por Divinópolis. Com quase duas horas de atraso e rodeado de candidatos a deputado estadual e federal, o petista percorreu um trecho da Rua Goiás cumprimentando eleitores. Mantendo o tom da campanha, reafirmou o modelo regionalizado de gestão.
Com a afirmação veio também a proposta de revisão da legislação tributária. Tratando a atual como a “pior do país” atribuiu a ela a responsabilidade pela redução de instalação de novas empresas no Estado. Divinópolis é um exemplo clássico desta decadência. Pimentel chegou a exemplificar com o fechamento de 10 siderúrgicas nos últimos anos.
“Pagamos o ICMS mais caro do país, na energia elétrica, na carne, no arroz, no combustível. Estamos tributando mal e errado. O Centro-Oeste é um exemplo. Nós temos aqui, em Divinópolis, 17 ou 18 guseiras, 10 estão fechadas e isso tem haver com esse ambiente econômico deteriorado”, disse.
Gasotudo
Na linha do desenvolvimento econômico a implantação do gasoduto entre Queluzito (na região metropolitana) e
Pimentel caminhou cumprimentando eleitores
Uberaba não ficou de fora. Hoje, a base do governo do PSDB, na Assembleia Legislativa, sem querer assumir a responsabilidade pela Proposta de Emenda à Constituição – PEC 68, a retirou da pauta mesmo após as apelações de urgência. O candidato petista tratou a medida como “estranha” e disse que houve um “recuo”.
“Há uma fuga da discussão. Vamos fazer o gasoduto, é nosso compromisso e vamos fazer um modelo que possibilite fazer na região de Uberaba sem privatizar patrimônio público”, afirmou, sem apresentar alternativas.
Indiretamente, o projeto, até então anunciado, irá beneficiar Divinópolis com a passagem pela cidade e também em outros municípios da região. Mas, os impasses são diversos. O principal deles e, que levou a retirada da PEC, indicava a possibilidade de privatização da Gasmig. Com esse dinheiro o governo esperava construir o gasoduto para abastecer uma fábrica de amônia no Triângulo. Estima-se investimento de R$ 2 bilhões.
Encontro
O tema foi levado para o encontro com empresários e comerciantes na Fiemg – regional Centro-Oeste. A ausência de investimentos ao longo dos últimos anos tem mobilizado a categoria que tem cobrado mais ações e projetos dos postulantes. A reunião encerrou a agenda do candidato em Divinópolis.
