Amanda Quintiliano

 

Kaboja disse que votação depende de pareceres das comissões

Kaboja disse que votação depende de pareceres das comissões

As histórias do Plano Diretor e da Cidade Tecnológica vão se prolongando e se misturando. Ontem, o presidente da Câmara, vereador Rodrigo Kaboja (PSL), disse que determinou aos presidentes de comissões a agilização dos pareceres para possibilitar a votação dos dois projetos na reunião da próxima quinta-feira. A junção foi a solução encontrada pelo parlamentar para atender o Ministério Público.

 

Na última segunda-feira Kaboja se reuniu com o promotor Sérgio Gildin para conversarem sobre as matérias. Na ocasião, ele se comprometeu a votar o projeto que cria a Zona de Urbanização Específica (ZUA), conhecida como Cidade Tecnológica, apenas após a aprovação do Plano Diretor. Para o Ministério Público, qualquer alteração de zoneamento deve ser com o documento já aprovado.

 

“Estamos fazendo todos os esforços, por serem dois projetos importantes para Divinópolis, para as diretrizes da cidade, para votá-los na próxima quinta e os presidentes das comissões estão se empenhando para todas as emendas estarem aptas”, disse o presidente da Câmara.

 

A apresentação de emendas ao Plano Diretor tem prolongado a discussão e dificultado a apreciação. Até agora, 29 textos modificando o original foram apresentados. Parte deles foi encaminhada para os técnicos da Funedi/Uemg para ser analisada. A preocupação é de as propostas dos parlamentares distorcerem o projeto original embasado em levantamento técnico pela instituição. Foram quase um ano de estudo para elaborá-lo.

 

Cidade Tecnológica

 

A prolongação do Plano Diretor é a principal responsável pelo adiamento da apreciação da criação da área para implantação do complexo, na comunidade do Choro. Outro dificultador apontado pelo presidente é a apresentação de duas emendas do vereador Marcos Vinícius (PSC) que, segundo ele, inviabilizam o projeto, considerado o maior já previsto na história de Divinópolis.

 

“No entendimento deste vereador essas emendas inviabilizam o projeto. Pretendo parar a reunião uns 10 minutos para os empresários que quiserem trazer uma palavra aos vereadores, esclarecimentos sobre este investimento que é muito importante para o desenvolvimento da cidade”, afirmou Kaboja.

 

Uma das emendas do vereador obriga os investidores a apresentarem um plano de desenvolvimento econômico e a outra limita a área residencial a 30% do total da ocupação da área industrial. Pelo projeto de lei, 40% devem ser para implantação de empresas, 3% de instituições de ensino, 20% para área verde, 30% para residencial, entretanto antes da implantação das empresas.

 

Caso a Cidade Tecnológica seja votada antes, a promotoria entrará com uma ação civil para anular a lei, conforme informou o promotor no início da semana.