Marina Assis
Em cinco dias o Comitê Organizacional do Plebiscito de Divinópolis recolheu pouco mais de quatro mil assinaturas a favor da redução das tarifas de energia elétrica em Minas Gerais. O imposto estadual, ICMS, chega a 42% da tarifa de energia paga pela população. Só para se ter ideia, em uma conta de R$ 100 o consumidor paga R$ 42 apenas em tributos.
A cobrança rendeu para a Cemig, segundo a chefe do Comitê, Maria Catarina do Vale, nos últimos 10 anos, um lucro de R$ 21 bilhões, sendo repassados para os acionistas R$16,8 bilhões. Só em 2010 o governo de Minas deixou de arrecadar R$ 9 bilhões em ICMS de grandes empresas.
Diante dos números e do descontentamento popular, Catarina diz acreditar que conseguirão ampliar ainda mais a quantia de assinaturas. “A população deve procurar as urna e votar, estamos todos os dias aqui no quarteirão fechado da São Paulo com a urna, estamos distribuindo também panfletos para divulgar está ação”, diz Catarina.
Descontentamento
O movimento se repete em vários outros municípios. Só aqui na região Centro-Oeste, o plebiscito é realizado em Arcos, Bom Despacho, Campo Belo, Cana Verde, Candeias, Carmo do Cajuru, Cláudio, Cristais, Divinópolis, Francelinos, Itaúna, Lagoa da Prata, Nova Serrana, Oliveira, Pará de Minas, Pitangui, São Francisco de Paula , São Gonçalo do Pará, além de Divinópolis.
A iniciativa foi motiva pelo descumprimento da lei que determina a redução das tarifas de energia elétrica. Em meados de setembro de 2012, a presidente Dilma Rousseff anunciou que as residências brasileiras teriam redução de 16,2% na tarifa de energia elétrica e as indústrias redução de até 28%. A redução seria possível com diminuição dos encargos que incidem sobre a conta.
Cemig
Em contato com a Assessoria de Comunicação da Cemig foi informado que a companhia não irá se pronunciar sobre o assunto.