Poliany Mota

 

Desde a transferência da Unidade de Pronto Atendimento (UPA-Central) para o Bairro Ponte Funda, o prédio central tem sido invadido por moradores de ruas e usuários de drogas. Hoje, o espaço funciona como unidade II do Hospital São João de Deus. Para tentar dar uma solução ao problema, representantes do Centro de Acolhimento da Pessoa em Situação de Rua estão reunidos com a Polícia Militar neste momento.

 

Eles estudam uma forma de retirar pacificamente os andarilhos que tomaram conta da rua no fundo da unidade. Além dos colchões, papelão e lixo impedindo a circulação de pedestres nas calçadas, eles representam risco aos pacientes, já que muitos demonstram atitudes agressivas quando estão sob efeito de entorpecentes.

 

Papelões ficam espalhados pelo passeio atrapalhando a passagem (Foto: Poliany Mota)

Papelões ficam espalhados pelo passeio atrapalhando a passagem (Foto: Poliany Mota)

 

Uma reunião está sendo realizada na tarde desta terça-feira (06) para discutir o melhor método para retirar esses moradores de rua do local sem despertar neles comportamentos violentos. De acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura, os agentes da casa de acolhimento precisam de suporte militar para se aproximarem dos moradores, já que alguns são mais agressivos. A forma de abordagem será definida neste encontro.

 

Os moradores ocupam o local durante o dia e a noite (Foto: Poliany Mota)

Os moradores ocupam o local durante o dia e a noite (Foto: Poliany Mota)

Já a assessoria do Hospital São João de Deus disse que um ofício foi enviado à Polícia Militar pedindo um reforço na segurança daquela região, a fim de proteger os pacientes. Segundo o hospital, no local têm ocorrido vários problemas desse tipo.

 

Centro de acolhimento

 

O centro de acolhimento foi inaugurado no dia 28 do mês passado. O espaço que funciona ao lado do Serviço de Saúde Mental (Sersam) tem 25 vagas, sendo 15 para homens e dez para mulheres. Hoje, estima-se que há pelo menos 70 moradores de ruas espalhados em Divinópolis.