Amanda Quintiliano
A Polícia Civil de Divinópolis irá investigar se houve a participação de outra pessoa na tragédia que chocou a cidade no final de semana. Um policial militar matou a namorada, a sogra e a própria mãe, depois suicidou. O caso está com a delegada de mulheres, Gorete Rios.
A delegada recebeu, nesta segunda-feira (14) pela manhã, o caso. As investigações devem durar cerca de um mês e poderão ser prorrogadas por igual período. O papel da polícia é verificar se o soldado Igor Quintão Vieira agiu sozinho ou se houve envolvimento de outra pessoa.
O laudo da perícia deverá ser concluído em um mês. Familiares e amigos das vítimas, a soldada Aline Guimarães Rodrigues e a mãe dela Elisabete Guimarães Rodrigues, serão ouvidos para saber como era a relação do casal.
“Vamos ouvir pessoas conhecidas delas para saber como era o relacionamento. O interesse policial é saber se alguém em Divinópolis participou dessa tragédia”, explica a delegada.
Também serão colhidas informações apuradas pelos policiais de Rio Pomba e Ubá. As investigações irão ocorrer simultaneamente.
Motivação
Nenhuma possibilidade foi descartada até o momento. Uma das motivações analisada é um surto psicótico sofrido pelo policial, segundo o delegado regional, Leonardo Pio.
Deverão ser verificados se Quintão tinha históricos psiquiátricos e o comportamento dele na corporação. Ele e a namorada participavam de um curso de formação de sargentos em Belo Horizonte, onde se conheceram. Eles estavam juntos há três meses.
Na mensagem enviada ao irmão dele, ele afirmou ter ouvido vozes que o teriam feito fazer algo terrível.
Igor chegou a Divinópolis na sexta-feira (11) por volta de 20h30. As informações iniciais são de que ele matou a namorada, de 34 anos, e a sogra, de 66 anos, enquanto elas dormiam com um tiro a queima-roupa na altura do ouvido, por volta de 2h30 da madrugada de sábado (12). Os corpos foram encontrados na cama de cada uma delas no final da manhã do mesmo dia.
Na sequência, ele foi até Rio Pomba, a 300 quilômetros de Divinópolis, onde assassinou a própria mãe, Eloísa Santa Quintão, de 48 anos, também com um tiro.
Neste meio tempo, ele enviou uma mensagem para o irmão informando o ocorrido. Ele também disse ter matado a mãe para ela não sofrer. Depois tirou a própria vida.
Há também a possibilidade dele ter planejado a sequência de crimes. No veículo do soldado foram apreendidos vários objetos, como uma lona.
Investigações
Caso não seja confirmada a participação de outra pessoa, o inquérito será arquivado pela Justiça.