(Foto: Diego Henrique)

Diego Henrique 

Delegados, investigadores e escrivães da Polícia Civil de Divinópolis entraram em greve por tempo indeterminado. A paralisação teve início nesta segunda-feira (20) e os servidores reivindicam a contratação de novos agentes, bem como a aquisição de novos equipamentos e viaturas.

De acordo com a investigadora e presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindipol) Patrícia Souto, atualmente a delegacia do município conta apenas com três investigadores que atendem mensalmente cerca de 120 crimes de furtos e roubos de veículos. Ao todo, 10 policiais civis atuam na apuração de todos os crimes do município que tem mais de 210 mil habitantes.

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(Foto: Diego Henrique)

“O governo nos prometeu uma reestruturação de todas as carreiras para que pudéssemos negociar, porém o prazo foi perdurando e a base foi ficando descontente com isso porque não tem como dar um bom atendimento a população. A população cobra e nos ficamos de mãos atadas. Essa é uma forma de chamar a atenção do governo para que nos possamos ser chamados para a reestruturação,” afirmou a diretora.

As delegacias permanecem abertas, porém apenas 30% dos serviços estão sendo prestados. A delegacia de trânsito (DETRAN) irá funcionar somente no período da tarde. Em casos de crimes hediondos, os investigadores irão trabalhar normalmente para que os casos possam ser elucidados com maior agilidade.

“Na medida em que os policiais vão se aposentando e afastando, chega a ficar sem pessoal para atender as demandas. Hoje com a criminalidade em Divinópolis, nos precisaríamos de cerca de 40 a 50 policiais para que possamos tentar acompanhar e fazer uma boa prestação do serviço,” explicou.

Em nota a Polícia Civil disse ser “obrigatória a manutenção dos serviços essenciais, especialmente o recebimento de todos os casos de flagrante e Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), devendo ser observados os limites legais existentes para este tipo de movimento.”