Redação
A audiência pública para tratar sobre os problemas que assolam o Rio Itapecerica está apenas começando na Câmara Municipal de Divinópolis. Isso porque vários cidadãos se inscreveram para fazerem perguntas, e as repostas serão dadas apenas quando todos tiverem falado. Os questionamentos são direcionados aos representantes da Copasa e da administração municipal.
Até agora não há nada de diferente da última audiência, realizada em abril deste ano. Os problemas são os mesmos e tudo leva a acreditar que as respostas também. Entretanto, os cidadãos estão mais enfáticos e refletindo a intolerância com as medidas anunciadas até agora. Eles cobram muito mais que um mero cronograma, eles querem ação.
O mau cheiro, a cobrança de 40% da taxa de esgoto, aguapés, contratação da máquina papa-aguapés, foram as principais pontuações feitas até agora. As perguntas giraram em torno destes itens.
Demonstrando cansaço, moradores ribeirinhos trocaram o espaço da pergunta por desabafo. Uma das inscritas chegou a acusar a Copasa de roubo. Disse que o esgoto da casa dela cai direto no rio e que por isso não há coleta, ou seja, segundo ela, não há motivos para a cobrança da taxa, justificada pela companhia justamente pela coleta do esgoto.
Já outra moradora, também em desabafo, disse que o “rio não está morto” e sim “poluído” e que por isso é hora de salva-lo. Alguns inscritos também atribuíram à população parte da responsabilidade pela poluição, visto que do rio são retiradas sacolas, garrafas e até mesmo pedaços de sofá.
Só após todos os inscritos se pronunciarem é que os representantes dos órgãos ambientais irão se pronunciar. O promotor, Alessandro Garcia também está acompanhando a audiência.