Poliany Mota

 

Canteiros quebrados, mato crescendo e bancos faltando pedaços. Essa é a atual realidade da praça em frente à Câmara Municipal de Divinópolis, na Rua São Paulo, entre a Avenida Primeiro de Junho e Antônio Olímpio, usada por centenas de pessoas todos os dias.

 

Além de todos esses problemas o local ainda virou uma espécie de dormitório para moradores de rua, que deixam pedaços de papelão espalhados pela praça, e às vezes, até colchões. A depreciação da estrutura pode oferecer riscos à população, já que há bancos com ferros expostos, que podem vir a ferir alguma pessoa.

 

Papelões usados por mendigos ficam espalhados pela praça (Foto: Arquivo Pessoal/Marco Aurélio Braga)

Papelões usados por mendigos ficam espalhados pela praça (Foto: Arquivo Pessoal/Marco Aurélio Braga)

 

O morador da região Marco Aurélio Braga diz que o problema é antigo. “Teve uma época que havia uma banca de revistas abandonada servindo de abrigo para ratos, você passava na rua e via um correndo pela calçada. Além de deixar a praça feia, era um problema de zoonoses. O prefeito Vladimir mostrou interesse, retirou a estrutura de lá e anunciou um projeto de revitalização da praça, porém, não foi implantado o prometido nem houve manutenção, está tudo parado”.

 

O anúncio da revitalização foi realizado em 2013, mas, de acordo com a prefeitura, não foi inicializado por causa da verba. Segundo a engenheira civil da prefeitura, Andréia Almeida, o projeto já está finalizado, foi feito pelo arquiteto Rodrigo Amaral e deve sair ainda este ano. “A planilha de gastos está pronta. É um valor muito alto. Estamos esperando a verba sair para realizar licitação e dar início às obras.”, explicou.

 

No período da noite alguns chegam a montar barraca para dormir

No período da noite alguns chegam a montar barraca para dormir

Este mês, Marco Aurélio tirou novas fotos da situação da estrutura e cobrou uma resposta da administração. “O prefeito falou que realmente excedeu o prazo, por causa da situação financeira. A reforma, segundo ele, deve ficar por volta de R$250 mil, está dentro dos projetos essenciais. Ele acredita que deve ser implantado no início do segundo semestre”, contou.

 

“A cidade tem problemas maiores, mas por ser uma praça central, onde todo mundo passa, inclusive turistas, é preciso ter uma atenção maior. Além da estética, é um problema físico e social. Tem gente caindo por causa das escadarias quebradas e no mato dos canteiros já chegaram até a encontrar uma faca escondida”, concluiu.