Amanda Quintiliano
Dois casos foram regularizados nas últimas duas semanas (Foto: Divulgação)
O prazo previsto na portaria que permite a designação da diretora jurídica e administrativa da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social terminou em julho passado. Mesmo assim, a servidora Rosa Maria de Oliveira, conhecida como Rosita, continua desviada. Dois outros servidores também trabalharam em secretarias diferentes das que foram nomeadas por meses e somente nas últimas duas semanas foram regularizados.
Rosita chegou a trabalhar na Semusa, mas afastou-se da pasta, segundo informações extraoficiais, por determinação do secretário, David Maia. A transferência das secretariais é sustentada por um decreto com data de 17 março deste ano.
O documento prevê “a designação, em caráter temporário, da Diretoria Jurídica e Administrativa da Secretaria Municipal de Saúde para aglutinação das políticas públicas multissetoriais junto à Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social”. O prazo previsto é de 120 dias. Considerando a data de assinatura do decreto, o período de “empréstimo” da servidora terminou no dia 10 de julho.
Ela foi designada para desenvolver as seguintes atividades: Integração da Política de Saúde para usuários de drogas e da política de assistência social de moradores de rua; e Convergência dos desdobramentos decorrentes da judicialização imputada à saúde, mas com viés de assistência social.
A assessoria de comunicação informou que o caso será analisado antes de definir se Rosita retornará para a Semusa, se ficará definitivamente no Desenvolvimento Social ou se estenderá o prazo do empréstimo. Ela também é servidora efetiva.
Desvios
Este não é o único caso de desvio registrado na prefeitura. Outros dois cargos de confiança do prefeito Vladimir Azevedo foram relatados à reportagem do PORTAL por funcionários que reprovam a medida. Entretanto, ambos foram regularizados nas últimas duas semanas. Esta era a situação de Kênia Paula da Silva. De acordo com servidores, ela nunca pisou na secretaria para a qual era nomeada.
Contratada para o cargo de chefe de seção de Unidade de Formação Esportiva, da Secretaria Municipal de Esportes e Juventude, ela trabalhava na Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (Settrans). No dia 17 de julho foi publicado o ato de exoneração dela e uma nova nomeação. A partir de agora ela responde pelo cargo de chefe do setor de Operações de Trânsito.
Comunicação
O outro caso é de Markon Maia. Ele assinava como Analista de Publicidade, mas era lotado como chefe do Arquivo Histórico na Secretaria Municipal de Cultura. De acordo com alguns funcionários do setor, que preferiram não ser identificados para evitar represálias, ele nunca colocou os pés no local.
A Assessoria de Comunicação da prefeitura informou que ele pediu exoneração e desde semana passada já não está mais no cargo. Ainda segundo a assessoria, ele foi aproveitado na comunicação devido a formação dele (publicitário) e também ao acúmulo de serviço no período do aniversário da cidade.
A assessoria ainda afirmou que ele seria encaminhado para a Cultura, mas preferiu deixar o cargo após receber uma proposta na iniciativa privada.
