Representantes das 43 microrregionais do Estado – decidiram fechar as portas das prefeituras no próximo dia 24 de agosto. Serão interrompidos todos os serviços públicos, exceto os de urgência e emergência na Saúde. Além da paralisação, os prefeitos decidiram fazer o bloqueio das rodovias que cortam o Estado na mesma data.

A decisão, tomada em reunião realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte, tem como objetivo mostrar à sociedade o arrocho financeiro vivido pelos municípios que não têm recebido o respaldo dos governos federal e estadual.

O presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM) e prefeito de Pará de Minas, Antônio Júlio, ressaltou que a crise que o país enfrenta é essencialmente política e a mais grave vivenciada nos seus 35 anos de vida pública.

“Nós prefeitos estamos sem representatividade. Vemos um país sem comando e o Congresso Nacional não tem mostrado reação. As prefeituras estão fazendo adequações no orçamento e já demitiram muitos servidores. Estamos cortando na carne. A AMM vai dar todo o apoio aos prefeitos que decidirem aderir o movimento”.

A decisão foi tomada em reunião com 73 prefeitos na ALMG (Foto: Divulgação/AMM)

A decisão foi tomada em reunião com 73 prefeitos na ALMG (Foto: Divulgação/AMM)

Ao todo, segundo dados da AMM 600 prefeituras, dos 853 municípios mineiros devem aderir ao protesto. A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Divinópolis informou que ainda não há nenhuma decisão oficial do prefeito, Vladimir Azevedo (PSDB) e que a situação está sendo analisada.

Cartilha

Para que a população entenda os motivos da mobilização, a AMM irá elaborar uma cartilha com as principais reivindicações das prefeituras. O documento será repassado a todas as microrregionais, que ficarão responsáveis por disseminar as informações em suas respectivas regiões.

“O esclarecimento para a população é essencial porque é no município que os reflexos da crise são sentidos pelos cidadãos”, comentou Antônio Júlio.