Vereador de Divinópolis critica a concessão de água para a Copasa em comunidades rurais
O vereador de Divinópolis, Edsom Sousa (CDN), classificou a transferência da concessão da água para a Copasa em algumas comunidades da zona rural de Divinópolis como um “crime contra a economia popular e a agricultura familiar”. Essa atribuição para a estatal está prevista na atualização contratual firmada pelo prefeito Gleidson Azevedo (Novo), como mostrado pelo PORTAL GERAIS.
Sousa visitou diversas comunidades rurais para ouvir as preocupações dos moradores. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, ele, então, criticou a decisão do prefeito:
“O que o prefeito está fazendo é um crime contra a economia popular e a agricultura familiar”, afirmou o vereador.
Localidades afetadas pela concessão da água à Copasa
De acordo com o contrato, além de Santo Antônio dos Campos (Ermida), a Copasa assumirá o serviço de abastecimento de água nas seguintes localidades rurais de Divinópolis:
- Ferrador (Chácaras Belo Horizonte)
- Chácaras Sambeca (Lago das Roseiras)
- Buritis
- Boa Vista
- Chôro
- Costas
- Quilombo
- Mata dos Coqueiros
- Branquinhos
- Córrego Falso
- Cachoeirinha
- Amadeu Lacerda
- Perobas
- Djalma Dutra
- Lagoa
- Lajes
- Lava-pés
- Laginha
- Tamboril
- Cacoco
- Cachoeirinha
- Ponte de Ferro
- Córrego do Paiol
- Lopes
Impacto financeiro da Copasa na zona rural de Divinópolis
Edsom Sousa destacou os potenciais impactos financeiros para os moradores das comunidades rurais. Conforme ele, a nova cobrança da Copasa poderá afetar diretamente, por exemplo, os preços dos produtos da agricultura familiar, como alface, cebolinha, assim como tomate. Sousa também alertou para a possibilidade de expansão urbana dessas áreas. Isso, de acordo com o vereador, poderia resultar na cobrança de IPTU.
“Já realizei uma denúncia no Ministério Público e estamos aguardando providências”, enfatizou o vereador.
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Para se ter ideia, atualmente, os moradores pagam cerca de R$ 100 à prefeitura.
Resposta da Copasa sobre a gestão do abastecimento na zona rural de Divinópolis
Em resposta às perguntas do PORTAL GERAIS sobre o início da gestão do abastecimento na zona rural, a Copasa informou que está realizando uma avaliação dos sistemas existentes nas comunidades rurais. Em seguida, serão desenvolvidos projetos de melhorias e adequações para atender às normas regulatórias.
Após a finalização dos projetos, conforme a estatal, ela planeja iniciar a licitação para as obras, que incluirá as licenças ambientais, bem como a aquisição de materiais específicos para cada localidade. Só após a conclusão dessas etapas, então, as obras terão início.
“Com as obras concluídas, começará a fase de mobilização social para o início da cobrança pelos serviços de abastecimento de água”, informou a Copasa.
Ainda de acordo com a companhia também, mesmo antes da conclusão das obras, já está prestando apoio técnico às comunidades.
Com informações de Ricardo Welbert