Os secretários colocaram os nomes à disposição do prefeito (Foto: Amanda Quintiliano)

 

O prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) recebeu, nesta quarta-feira (09), o documento assinado por todos os secretários colocando os cargos à disposição dele. A medida foi por orientação do Conselho de Acompanhamento Administrativo e Financeiro (CAAF). Hoje (09) o prefeito reuniu a imprensa e anunciou que cortará até 30% de todos os cargos comissionados até março do próximo ano. Os primeiros cortes devem ocorrer ainda este ano.

Atualmente, dos 211 cargos existentes na estrutura administrativa 199 estão ocupados, sendo que 40%, segundo o tucano, são ocupados por servidores de carreira. Vladimir ainda não sabe qual linha deverá seguir para as exonerações. As primeiras devem ocorrer antes do encerramento deste ano para ajudar a levantar fundos para o pagamento do 13º salário que deverá custar cerca de R$ 15 milhões aos cofres municipais.

A segunda etapa dos cortes deverá ocorrer em 31 de março do próximo ano, quando parte dos comissionados, naturalmente, deixam o cargo por questão de descompatibilidade para disputarem as eleições municipais. Com essa medida, estima-se uma economia entre R$ 200 mil e R$ 300 mil, segundo o secretário de Fazenda, Antonio Castelo. Os cortes devem incluir desde secretários a chefe de setores.

Salário

Os secretários colocaram os nomes à disposição do prefeito (Foto: Amanda Quintiliano)

Os secretários colocaram os nomes à disposição do prefeito (Foto: Amanda Quintiliano)

O prefeito também cogita a possibilidade de reduzir o próprio salário, hoje de aproximadamente R$ 20 mil, para equilibrar as contas. Essa alternativa não aparece no topo da lista de prioridades, mas ainda não foi descartada. Com esta redução, automaticamente, cerca de 83 servidores também ganharão menos por mês. Isso porque eles recebem o teto que é referente ao subsídio do líder do Executivo.

Esta não é a primeira vez que o tucano anuncia medidas de contenção de gastos. Desde o início do mandato vários “pacotes” foram divulgados. Alguns incluíam cortes de hora-extra, com gasolina, telefone e até adequações na estrutura administrativa de algumas secretarias. Entretanto, esta é a primeira vez que o prefeito demonstra mais austeridade.

Segundo ele, “o corte na carne” é necessário para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRI) que está ameaçada com a queda dos repasses, principalmente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).