Área próxima a represa na mina do Córrego do Feijão, perto de Brumadinho, Brasil, é retratada após o colapso do dia 25 de janeiro de 2019 nesta foto de satélite de 26 de janeiro de 2019 obtida pela Reuters em 27 de janeiro de 2019.

Valor da causa é de R$10 bilhões para reparar danos estruturais, sociais, morais, econômicos, psicológicos, emocionais; A cidade foi atingida pelo rompimento da barragem de Brumadinho

A prefeitura de Pompéu divulgou um comunicado, nesta quarta-feira (17), afirmando que entrou com uma ação civil pública contra a Vale. Em 25 janeiro, o município foi atingido pelo rompimento da barragem de Brumadinho, a qual os minérios chegaram ao Rio Paraopeba.

Segundo a prefeitura, a ação tem o objetivo de obter o provimento jurisdicional, que afirme a responsabilidade civil da Vale e sua consequente condenação para a reparação integral do Município e dos atingidos. O valor da causa é de R$ 10 bilhões, para permitir que os moradores possam se reestruturar, reparar danos sociais, morais, econômicos, psicológicos, emocionais, comunitários, de saúde e culturais provocados às pessoas, comunidade e à coletividade.

Rejeitos

A pluma de rejeito da barragem chegou à Pompéu a partir do dia 18 de fevereiro, atingindo, de acordo com a prefeitura, cerca de 47 propriedades rurais diretamente e mais de 400 famílias indiretamente que usam o rio como subsistência. A água do Rio Paraopeba no município, de acordo com as análises do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM), no dia 18 de fevereiro teve um índice de turbidez alto, confirmando a contaminação principal por metal pesado. 

Ainda de acordo com o Executivo, a medida de não utilização da água do Rio Paraopeba ainda se mantém para consumo humano, atividades de piscicultura, agricultura e pecuária.

Até o dia 13 de julho, o rompimento da barragem de Brumadinho registrou 248 mortes e 22 vítimas desaparecidas.