A Prefeitura de Bom Despacho encaminhou ao Ministério Público representação contra um morador. O proprietário de um imóvel teria se recusado a limpar a piscina após serem constatados larvas do Aedes aegypti.

“Esta residência, de classe média alta, foi visitada por agentes que conferiram a piscina, constataram a presença de larvas do mosquito e deram prazo de 24 horas para o morador regularizar a situação. Passado o prazo, os servidores voltaram e se depararam com o mesmo quadro, ou seja, um criatório que coloca em risco a saúde do cidadão, de seus familiares e também de seus vizinhos”, afirma o procurador do município, Gabriel Araújo.

O mesmo morador ainda impediu o trabalho dos servidores e fiscais da saúde.

“Ele dispensou o material colhido pela fiscal, derrubando as amostras da água com larvas que ela tinha acabado de colher. Em seguida os agentes tentaram colher novas amostras. Porém, o morador entrou na piscina com a roupa do corpo e começou a andar de um lado para outro, com o objetivo de misturar a água e dificultar a coleta das larvas”, completa Araújo.

Questão de saúde pública

Esta representação tem o objetivo de inibir práticas que colocam em risco a saúde de milhares de pessoas. “

Milhares de ovos cabem em uma piscina. Metade deles se transformarão em fêmeas. Cada uma botará cerca de 1.500 ovos”, alerta a secretária de Saúde, Neide Braga.

Além disso, cada mosquito percorre 300 m².

“Isto significa que toda a vizinhança deste morador está correndo sérios riscos de contrair dengue, chikungunya e zika”, destaca a secretária de Saúde.