80% das obras estão concluídas (Foto: Amanda Quintiliano)

Amanda Quintiliano

A falta de leitos que assola a região Centro-Oeste voltou a nortear a reunião da Câmara de Divinópolis, nesta terça-feira (29). Um dos dados divulgados que chama a atenção é o gasto do município com o custeio de equipe de segurança no Hospital Público Regional.

As obras estão paradas há quase um ano. Mesmo assim continuam rendendo despesas aos cofres municipais. A Prefeitura de Divinópolis desembolsa cerca de R$500 mil ao ano para custear vigias. O número foi informado pelo vereador, César Tarzan.

“O que seriam R$ 40 mil nas farmacinhas de Divinópolis? E o nosso município tendo que gastar quase R$ 500 mil no ano para vigiar um hospital mal acabado?!” indagou Tarzan.

O parlamentar sugeriu que o caso seja levado para além da “ponte do Gafanhoto”.

“Às vezes é o caso de levar para a Câmara Federal este descaso que está acontecendo. O Estado lavou as mãos e deixou a conta para o nosso município pagar”, falou.

Tarzan também chamou os 54 municípios que serão atendidos pela unidade para a responsabilidade.

Comissão

A Comissão de Saúde já havia divulgado há alguns meses a realização de uma reunião com a presença de todos os municípios que correspondem a macrorregião Oeste. Nesta terça (29) o atual presidente, Renato Ferreira (PSDB) voltou a falar que será agendada.

“Precisamos pensar em Divinópolis de uma forma mais abrangente e mais rápida […] Estivemos na UPA e a situação é de guerra […] Vamos convocar os 54 municípios. Nós todos estamos omissos. Temos que brigar, estamos com a bandeira da paz. Com R$44 milhões que o Estado deve o município a gente acaba este hospital”, comentou Ferreira.

A necessidade de retomar o assunto de conclusão do Hospital Público se deu pela urgência de leitos. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Divinópolis está em estado de alerta. Há dias em que cerca de 60 pacientes ficam internados em leitos improvisados pelo corredores da unidade mesmo com capacidade para 25.

Ferreira pediu que a Comissão de Saúde da Câmara integre a Comissão Especial de Saúde formada a pedido do deputado federal, Domingos Sávio (PSDB). Ela é composta pelo secretário nacional de Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, pelo vice-prefeito, Rinaldo Valério, pelo presidente do Cis-Urg e prefeito de Luz, Ailton Duarte e pelo secretário adjunto de Estado de Saúde, Naldo Moreira.