Para isso acontecer, é necessário a liberação de recursos; Deputados comprometeram-se com R$8,5 milhões
O Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste (Cis-Urg) pode dar mais celeridade à construção do Hospital Público Regional. Paralisada desde 2016, lideranças empresariais estão cobrando mais empenho dos deputados e senadores eleitos. Para a retomada é necessário dinheiro. Com ele em caixa, o consórcio responsável pelo Samu, deve assumir a gestão das obras.
O Cis-Urg já aprovou a proposta em assembleia. Entretanto, ainda não há o que se fazer sem recursos liberados. Alguns deputados se comprometeram, na sexta-feira (07), com R$8,5 milhões em emendas. Mas, é necessário muito mais para concluir toda a construção, cerca de R$39 milhões.
Além disso há outro processo a ser seguido.
“A primeira coisa é o Estado e o município, que são detentores do patrimônio, transferi-lo para o consórcio. A segunda é, através da mobilização, conseguir viabilizar o término das obras”, explica o secretário-geral do Cis-Urg, José Márcio Zanardi.
Primeira fase
Na primeira fase prevista, após a conclusão das obras, ainda serão necessários cerca de R$10 milhões para mobiliário hospitalar, equipamentos médicos, apoio assistencial. O investimento irá viabilizar, inicialmente, a abertura de 66 leitos de internação, quatro de Recuperação Pós Anestésica (RPA), além de Unidade de Terapia Intensiva, UTI Adulto e Neonatal.
Também estão previstos um tomógrafo, uma Raio X e um ultrassom, além de laboratório e o pronto socorro.
Veja mais detalhes no vídeo abaixo:
Colando para funcionar
Para o serviço começar a operar será iniciada outra discussão: modelo de gestão de custeio. Entretanto, por enquanto, para o secretário-geral, o foco deve ser conseguir o valor necessário para coloca-lo em funcionamento.
“A questão da gestão, a gente, acredito, que discute em um segundo momento, não é menos importante, aliás é o fundamental”.
Com tudo pronto, serão aquecidos os debates sobre custeio. Estima-se, ao ano, um custo de R$100 milhões. O Cis-Urg também tem interesse em participar.
“Independente de quem vai custear isso – e o custeio do SUS é sempre tripartite, União, estados e municípios – precisamos, de alguma forma estar juntos à gestão deste hospital. As vezes, o consórcio fazendo a gestão ou tendo um conselho da sociedade no qual façamos parte, para que o perfil assistencial atenda às necessidades desta região e não apenas a de uma instituição, como por exemplo federal, como as universidades, de formação de profissionais”, argumentou e completou:
“É isso que a gente defende e acredito que os prefeitos farão a parte deles, na medida do possível, para que, quando chegar a hora do custeio, também possam ajudar, de alguma forma, para que o hospital funcione a favor da população”.