Após o Sindicato dos Trabalhadores Municipais (Sintram) pressionar, a Prefeitura recuou e voltou atrás na readequação financeira da Educação. A medida foi tratada pelo Sindicato como um retrocesso para a categoria. Várias reuniões foram realizadas com a participação do Conselho Municipal de Educação (Comed) e de representantes da Secretaria Municipal de Educação (Semed).
A proposta previa a extinção do cargo de Diretor Pedagógico e da gratificação de 20% concedida por lei aos Auxiliares de Serviço II dos Cemei’s e o aumento da distância que garante o transporte escolar dos alunos, passando de 1,5 mil para dois mil metros, além da normatização da concessão de férias prêmio reduzindo de seis para dois meses o tempo.
Dentre outras perdas apontadas pelo Sindicato, está a interrupção da organização escolar já existente com o coletivo de educadores em quatro unidades de educação; a transformação do atendimento integral para meio período das crianças de até três anos; e substituição das unidades de atendimento da modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) por um centro de referência que atenderia a todos em uma única unidade.
Definições
Com a pressão da classe, ficaram estabelecidas as seguintes definições: serão mantidos os diretores pedagógicos, os 20% de gratificação, não haverá atendimento a crianças de dois anos e nem atendimento em tempo integral fora dos CMEIs já construídos nos moldes do Pró-Infância.
Com relação à aglutinação, as escolas de Djalma Dutra e Amadeu Lacerda não serão unidas, no entanto, essas escolas não terão um diretor, serão dirigidas pela Escola Municipal Professora Veneza, que terá um vice-diretor para a finalidade. As escolas das comunidades de Choro e Ferrador terão apenas um diretor.
Quanto à EJA, não haverá uma definição neste momento, após as matrículas para 2014, será definido o atendimento. O coletivo de educadores será mantido em todas as escolas que já trabalham com o método e as férias prêmio não sofrerão as alterações propostas. O transporte escolar continuará sendo estudado por uma comissão.
Para o vice-presidente do Sintram, Eduardo Parreira, o engajamento e mobilização da classe foi determinante para as conquistas. “Não temos dúvidas que a unidade da classe fez a diferença nas decisões. Mostramos a que viemos e provamos que educação não é despesa e sim investimento. Com a mobilização e a atitude de um sindicato realmente representativo, colhemos os frutos”, informou.