Déficit mensal é de R$ 1,2 milhão (Foto: Divulgação)

Com ameaça de fechamento da maternidade do Hospital São João de Deus (HSJD), o prefeito Vladimir Azevedo (PSDB) interferiu nas negociações entre a superintendência da unidade e o corpo clínico. Ao longo da manhã desta quinta-feira (23) reuniões foram realizadas e os médicos aceitaram a proposta. Com isso, será assegurado os atendimentos das gestantes de Divinópolis, Carmo do Cajuru, São Gonçalo do Pará e São Sebastião do Oeste.

De acordo com informações obtidas pela reportagem do PORTAL, o município estaria disposto a entrar com mais um aporte financeiro até o Estado e o hospital acertarem a recontratualização. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa) informou que o prefeito autorizou a antecipação de recursos para hospital.

“Embora a competência da assistência hospitalar esteja no âmbito do Estado, não poderíamos deixar nossas parturientes à mercê da sorte. Estamos preservando o direito de nascer dos nossos futuros divinopolitanos. Com esse espírito é que mesmo diante de toda a crise financeira, desde janeiro garantimos um novo recurso a título de fomento que estamos honrando mensalmente. Agora vamos fazer mais: antecipar recurso para que o hospital possa manter as portas da maternidade abertas até que, em curto prazo, o Estado viabilize o novo contrato de prestação de serviços”, destacou.

A intervenção foi para impedir o fechamento da maternidade no dia 03 de julho como anunciado pelo PORTAL. O comunicado da suspensão dos atendimentos foi repassado ao município e Estado no dia 03 de junho. 

“O município mais uma vez deve dar um oxigênio ao hospital até resolver este impasse com o Estado. Essa medida é para ganhar tempo e dar sobrevida”, afirmou o presidente da Comissão de Saúde, vereador Edimilson Andrade (PT).

Movimento

Na próxima semana, um movimento deverá ser feito pelo prefeito, vereador, deputados para marcar uma reunião com secretário de Estado de Saúde, Sávio Cruz.

“Precisamos mostrar que tivemos que fazer das tripas aos corações, tiramos não sei de onde o dinheiro e colocamos no hospital para não fechar a maternidade”, completou Andrade.

Edimilson ainda garantiu: “a maternidade não fecha”.

“Se fechar demora a abrir e gasta com hospitais particulares, por que onde as gestantes terão bebê?”, indagou.

Negociações

Hospital e Estado ainda não chegaram a um acordo. A superintendência aguarda uma reunião com o novo secretário. Enquanto isso, os riscos de fechamento do São João de Deus tornam-se cada vez mais eminentes. O promotor Sérgio Gildin já está com o pedido de extinção da Fundação Geraldo Correa em mãos e caso o novo contrato do Sistema Único de Saúde (SUS) não seja assinado até o próximo mês ele irá protocola-lo.

O déficit mensal do hospital é de R$ 1,2 milhão e o novo contrato irá equilibrar as contas. Ele é tido como a solução para tornar o hospital viável economicamente.

Matéria atualizada às 17h06 com as informações da Semusa.