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O prefeito de Divinópolis Gleidson Azevedo sofreu o segundo pedido de impeachment (Foto: Divulgação)

Prefeito teve que acionar justiça após contratar outra empresa quase três vezes mais cara que não conseguiu atender demanda dentro do prazo previsto

A partir desta sexta-feira (30), a empresa Sonner | Sistemas Integrados de Gestão Pública volta a prestar serviços à Prefeitura de Divinópolis pelo prazo de seis meses, contrariando os planos de rompimento de contrato antes definido pelo executivo. Na última terça-feira (27/6), eu reunião ordinária da Câmara Municipal, o vereador Eduardo Print Júnior (PSDB) denunciou o caso, onde expôs o risco de prestadores de serviços em Divinópolis ficarem, por exemplo, sem como emitir notas fiscais enquanto não houvesse outra empresa responsável.

A liminar foi concedida pela justiça após pedido do próprio prefeito Gleidson Azevedo (Novo). No entanto, o contrato, que antes previa o pagamento mensal de R$115 mil, foi firmado no valor de R$335 mil, quase três vezes acima do antigo montante. Isso acarretará num gasto de R$2,01 milhões até dezembro, quando se encerra o novo vínculo. O valor é o mesmo que seria pago à empresa Betha, que foi a vencedora da licitação realizada neste ano, mas que se mostrou incapaz de realizar os serviços exigidos pelo município.

Denunciante do caso, Eduardo Print Júnior reforçou que essa liminar faz aumentar a ‘bola de neve de erros’ da Prefeitura.

“Não fizeram uma pesquisa simples de mercado quando foram realizar a licitação. Não foram capazes de saber que a empresa vencedora não tinha capacidade de atender à demanda. Com isso, serão obrigados a gastar o triplo do valor com a mesma empresa que já vinha prestando o serviço desde anos atrás. É um atestado de incompetência”, detalhou o vereador.

Print lembrou ainda que, além do prefeito Gleidson Azevedo, o secretariado também possui grande responsabilidade neste caso. “As pastas de Fazenda e Administração (chefiadas por Gabriel Vivas e Tiago Nunes, respectivamente) precisam fazer uma gestão mais profissional. Isso mexe com dinheiro público, com investimentos que poderiam ser revertidos para outras áreas. É mais um escândalo dessa Prefeitura, que há pouco tempo desperdiçou mais de R$8 milhões com adesões de atas”, concluiu, relembrando o fato da compra de materiais para a educação que resultou numa CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara.