Presidente da UED durante orientação a alunos da escola. Foto: Reprodução/ Whatsapp

Isadora Santana

O Presidente da União Estudantil de Divinópolis (UED), André Luis alegou que foi barrado, nesta sexta-feira (21), ao tentar entrar na Escola Estadual Joaquim Nabuco. O fato teria ocorrido após ele ter visitado a instituição para esclarecer dúvidas sobre PEC 241 e a Reforma do Ensino Médio. Ele retornou à escola ao receber denúncias de que duas alunas teriam sido ameaçadas de suspensão por se envolverem na mobilização contra o projeto.

Presidente da UED durante orientação a alunos da escola. Foto: Reprodução/ Whatsapp

Presidente da UED durante orientação a alunos da escola. Foto: Reprodução/ Whatsapp

Segundo o presidente da UED, durante a visita percebeu que alguns professores já haviam instruído os alunos em relação aos projetos que tramitam no Congresso Nacional.

“Todos estão muito preocupados com a PEC 241 e a Reforma do Ensino Médio. Os alunos estavam firmes e interessados na discussão, tanto que fizeram questionamentos acerca de uma ocupação. Todos foram instruídos com cautela prezando e respeitando sempre o desejo da maioria e pela pacificidade durante toda tomada de decisão. É importante lembrar que quem decide se a escola será ocupada não é a UED nem o diretor, e sim os próprios alunos por meio de assembléia”.

Depois de se reunir com lideranças estudantis da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), campus Dona Lindu, no qual tratou também da PEC 241, foi informado que a direção da escola estava ameaçando suspender duas alunas.

“Recebemos alguns comunicados de alunas onde relataram que o diretor havia chamado duas estudantes para questioná-las sobre o envolvimento na discussão da PEC 241 e sobre uma possível ocupação da instituição e que este ainda teria ameaçado as mesmas dizendo que elas seriam punidas caso prosseguissem com essa proposta”, conta André Luis.

Ao retornar a escola, a secretaria não permitiu sua entrada alegando que as ordens eram da direção.

“Segundo ele, eu teria entrado na escola pela primeira vez sem a autorização dele.”

A Polícia Militar foi acionada e conforme o presidente da UED, antes que chegassem, sua entrada foi permitida. A direção explicou não ser contra o movimento estudantil e que não concorda com a ocupação da escola. André Luis registrou um boletim de ocorrência. 

Posição da direção

Em contato com a diretoria da E. E. Joaquim Nabuco, esta negou todas as acusações. De acordo com o diretor, não houve confusão, não foi proibida a entrada do Presidente da UED e nem ameaças foram feitas as alunas.

A Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que quando o presidente da UED retornou a escola, por voltas das 11h, o diretor estava ocupado e não poderia atendê-lo. A secretaria escolar informou a ele, que só poderia entrar na instituição acompanhado do diretor, já que André Luis não é aluno. Insatisfeito, ele acionou a Polícia Militar.

Antes que a PM chegasse, o diretor se desocupou e foi atendê-lo. Ainda conforme a SEE, o presidente foi orientado sobre as normas de visita e o diretor afirmou que nenhuma ameaça foi feita.