Líderes da organização criminosa têm alto poder financeiro e intimidativo; Investigações duraram mais de um ano

Está sendo deflagrada, nesta sexta-feira (07), com participação conjunta das polícias civil e militar e também do Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) a Operação Tomahawk. A ação tem o objetivo de combater organizações criminosas, relacionadas à explosão de caixas eletrônicos, tráfico de drogas, armas, homicídios e outros crimes violentos na região.

Investigações

De acordo com o promotor de justiça, Ângelo Ansanelli, a operação teve como foco duas organizações criminosas, sendo uma em Divinópolis (relacionada ao narcotráfico) e a outra em Marilândia, distrito de Itapecerica (relacionada à roubos). A investigação já dura cerca de um ano e dois meses e durante as apurações, uma das dificuldades encontradas foi decifrar os códigos dos que os investigados falavam, ao ouvir as escutas telefônicas.

“Conseguimos apreender armas de fogo, durante a ação, até esta sexta e acabamos de reportar que foram pegos materiais para a fabricação de explosivos e uma garrucha. Um dos nossos grandes problemas também, é que o pessoal de Marilândia, enterravam as armas em propriedades rurais, o que dificultava e muito a apreensão destes instrumentos. É uma organização muito bem montada, principalmente a deste distrito de Itapecerica”, contou.

No caso da quadrilha de Marilândia, ela praticava boa parte dos roubos em propriedades rurais. Em um destes, uma das vítimas, inclusive, foi uma policial militar, que estava de folga. Nesta organização, três mulheres são esposas dos investigados e uma outra é irmã de um deles. Elas ficavam responsáveis pela movimentação financeira do grupo e davam suporte nesta questão. O promotor também informou que os investigados possuem um alto poder financeiro e intimidativo, tendo armas de grosso calibre a disposição. O Batalhão de Operações Especiais (Bope) e a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), também participaram da ação.

“Duas pessoas já estavam presas, sendo uma de Divinópolis e a outra de Itapecerica, que inclusive era líder da organização criminosa e conseguimos prender todos os outros envolvidos também”, finalizou o promotor.

“A gente crê que com a prisão dessas quadrilhas, irá diminuir bastante os crimes na região, principalmente os violentos”, afirmou o tenente coronel da PM, Rodrigo Teixeira Coimbra.

Na ação, foram empenhados 210 policiais (entre civis e militares), 16 agentes prisionais, 58 viaturas e 02 aeronaves (uma da PM e a outra da PC). As investigações ainda seguem em andamento, para novas apurações e também a localização das armas enterradas pelos bandidos. Confira o saldo parcial da operação.

Saldo

24 mandados de busca e apreensão cumpridos;
24 pessoas presas;
13 veículos apreendidos
R$ 47.088, sendo R$ 37.810 em dinheiro e R$ 9.278 em folhas de cheque;
02 porções e 02 cigarros de maconha;
55 celulares;
04 notebooks;
01 rádio comunicador;
01 luneta;
02 Certificados de registro e licenciamento de veículo (CRLVs);
02 armas brancas;
03 cartões de memória;
05 pen drives;
06 relógios;

O PORTAL CENTRO-OESTE falou com o delegado regional de Polícia Civil, Leonardo Pio, sobre a operação.