Edson deixou a liderança do Executivo em agosto de 2017 (Foto: Divulgação/CMD)

Comissão aguarda relatório da quebra de sigilo telefônico para cruzar dados e finalizar relatório

Amanda Quintiliano
Carlos Henrique

Prestes a completar um ano desde a instalação, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), conhecida como “CPI dos Áudios” está parada. Ela investiga uma suposta negociata de cargos na Prefeitura de Divinópolis. Para concluir os trabalhos restam os relatórios do sigilo telefônico.

O juiz da 3ª Vara Criminal, Christiano de Oliveira autorizou a quebra de sigilo telefônico do prefeito de Divinópolis, Galileu Machado (MDB).

Também foi autorizada a quebra do sigilo do ex-assessor especial, Fausto Barros; do editor do Divinews, Geraldo Passos; e do denunciante, Marcelo Marreco.

Entretanto, até o momento os relatórios não chegaram à câmara.

“No dia 9 de abril vai fazer um ano dessa denúncia e a CPI está parada. Só falta o cruzamento dos dados telefônicos. Pedimos ao juiz e a empresa telefônica até hoje não mandou para a câmara”, destacou o membro da CPI e autor do pedido de instauração, Edson Sousa (MDB).

Medidas

Edson disse que irá conversar com o procurador da Câmara, Bruno Cunha em busca de respostas sobre a demora para a entrega dos relatórios.

“A sociedade precisa de uma resposta dessas imoralidades que estão acontecendo em Divinópolis”, afirmou.

Os relatórios são fundamentais para o cruzamento de dados telefônicos entre os envolvidos.

“Não serão convocadas novas pessoas para as oitivas, o que será feito é cruzar os dados telefônicos para ver quem falou com quem, para ter um parecer mais técnico sobre o assunto, inocentar quem foi inocente e culpar quem for o culpado”.

Indiciamentos

Segundo Edson, o Ministério Público já se manifestou favorável a quebra de sigilo telefônico enaltecendo o trabalho da CPI.

O órgão indiciou cinco pessoas envolvidas nos áudios que aponta essa suposta negociata de cargos. O prefeito, Galileu Machado (MDB); os secretários de Administração e Governo, Raquel de Freitas e Roberto Chaves, respectivamente; o jornalista Geraldo Passos e o denunciante Marcelo Máximo, conhecido como Marreco, foram indicados por improbidade administrativa.