Eduardo disse que comissionados não custeiam a guarda (Foto: Arquivo)

 

Eduardo listou problemas enfrentados pela cidade e disse que é em crise que gestor mostra competência

Marcelo Lopes

Após recesso parlamentar os vereadores divinopolitanos realizaram na tarde desta quinta-feira (01) a primeira reunião ordinária de 2018. Realizada no plenário da Câmara Municipal de Divinópolis, os parlamentares colocaram em pauta discussões relacionadas a assuntos já conhecidos pelo município.

Dentre os assuntos discutidos na ocasião, Eduardo Print Júnior (Solidariedade), relatou que foram recebidos em seu gabinete oitenta e três cidadãos no mês de janeiro, buscando melhorias de diversas localidades no município.

“Fizemos trinta e dois ofícios e indicações, visitamos os quatro cantos de nossa cidade e ouvimos as demandas da população. Abrimos este ano legislativo com muito ânimo, mas um pouco triste, vendo nesse mês de janeiro, na visitas a estes bairros, a calamidade que se encontra cada canto do município de acordo com sua demanda”, diz.

Print cita o período chuvoso dos primeiros trinta dias do ano e os problemas que foram causados e também lembra do recente alagamento no bairro Bom Pastor, sendo um problema conhecido há muitos anos, mas sem nenhuma solução apresentada.

“Toda água do alto Bom Pastor desce para a Avenida JK, porque as ruas em declive naquela região não tem a captação da água pluvial, as famosas “boca de lobo”. A solução daquele problema é a captação dessas águas para o Rio Itapecerica, em especial no período chuvoso”, explica.

“Mas isso passa. Eu estava com a Lei da Copasa para ser aprovada contra o desperdício de água. Eu disse para o Cleitinho: “vereador, se não votar nessa lei, depois vira lenda e aí as pessoas vão se esquecer que passaram por um período de escassez de água”. São problemas que a cidade tem e a administração tem que olhar com bastante cuidado, porque são problemas que vão continuar ano a ano” […] São problemas que, às vezes, quando o prefeito vai colocar a fala na rádio e televisão, ele vira e fala “se não votar o IPTU, eu não vou ter dinheiro para fazer obra para vereador”. Isso não é obra de vereador, não. Isso é demanda natural da cidade”.

Além das situações citadas anteriormente, o edil também falou sobre a falta de iluminação pública em Divinópolis. O vereador recorda dos R$ 15 milhões presentes na licitação para melhorias na rede elétrica, como postes sem braços de iluminação e regiões do município mais prejudicadas, porém nada feito na realidade. Ocasião que segundo Print se repetiu nos últimos cinco anos.

Eduardo também relata que a falta de transparência o incentiva a fazer altas críticas à Prefeitura, dizendo serem críticas positivas, não de picuinhas, com o objetivo de fazer a administração crescer. Então, o vereador faz uma proposta.

“Eu gostaria de fazer hoje aqui um desafio e convidar aqui nosso o presidente agora (na ocasião o vereador Josafá, do PPS), que se convoque uma audiência pública com os secretários da atual administração e entregasse para eles, aqui em plenário, folhas em branco. Gostaria que eles escrevessem, em um tempo de cinquenta minutos, o que eles fizeram para Divinópolis no ano de 2017. O que cada um fez pela sua pasta de bem comum para a sociedade divinopolitana? O que  a cidade ganhou com os atuais secretários durante o ano passado?”.

Para o vereador o argumento “não tenho dinheiro” já ficou para trás.

“Sabemos que desde a campanha de 2016 não teria dinheiro. Que teria que se administrar uma Prefeitura sem condições financeiras de bancar 215 cargos comissionados. Todo mundo sabia disso.”

Print Júnior afirmou que não está defendendo nenhuma gestão e citou promessas mirabolantes de campanha como a construção de três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Mencionou ainda que já se sabia ser inviável mantê-la financeiramente, assim como a já existente.

O vereador sugere dizendo que seria melhor unificar as secretarias, pensando em um novo organograma municipal, com a solução de maior economia e que um gestor em época de crise mostra a sua competência.