Os professores Alex Taranto e Daniel Bonoto da Universidade Federal de São João Del-Rei, juntamente com o professor Alisson Marques do CEFET/Divinópolis criaram um software de bioinformática pioneiro, capaz de predizer a ação biológica de compostos químicos. Devido ao seu grande potencial tecnológico e de mercado, o programa denominado Octopus foi selecionado para participar do Fiemg Lab Novos Negócios.
O Fiemg Lab Novos Negócios é um programa de aceleração de staurtaps desenvolvido com parceiros como Fapemig, Sedects, Sebrae e a Confederação Nacional da Indústria – CNI, com o propósito de ser um nexo entre as indústrias e startups através de projetos inovadores de base tecnológica, corporativa e/ou acadêmica.
O objetivo é abraçar os projetos que tenham potencial de se tornarem um negócio de alto impacto de mercado e desenvolvimento socioeconômico. Para isso acontecer, conta com o diferencial de oferecer a rede de contatos estratégicos no Brasil e no mundo além de diversos benefícios próprios e também oferecidos através de parceiros.
De acordo com o Prof. Alex Taranto, a motivação para criar o Octopus veio da dificuldade encontrada na indústria farmacêutica de desenvolver e lançar no mercado novos medicamentos.
“A disponibilidade de novos medicamentos no mercado é um grande desafio para a indústria farmacêutica. O processo que se inicia com a descoberta do composto químico até o medicamento no mercado leva-se em média 10 anos e custa na ordem de bilhões de dólares. O Octopus é capaz de processar várias moléculas encontrando as suas finalidades terapêuticas, além de diminuir os testes em animais”, informou o professor.
O Professor Alex explica ainda que o programa vem sendo utilizado por pesquisadores para o desenvolvimento de novos medicamentos indicados para doenças de grande circulação em nosso país.
“Os professores Gustavo Viana (UFSJ), Rafael Chagas (UFSJ), Sandro Greco (UFES), Danilo Davity (Univ. da República do Uruguai) e Ricardo José Alves (UFMG) fornecem novos agentes químicos que são processados pelo programa. Os resultados são posteriormente confirmados com experimentos realizados pelos professores Fernando Varotti, Jaqueline Ferreira e Rosy Ribeiro, todos pesquisadores da UFSJ – Campus Centro-Oeste, assim como os respectivos alunos de graduação e pós-graduação. Como resultado, procuramos desenvolver novos medicamentos, sobretudo contra a malária, dengue, zika e câncer com custo e tempo menores”, destaca.
Esta pesquisa foi divulgada em revistas científicas como Memórias da Fundação Oswaldo Cruz e no Journal Molecular Modeling com apoio da UFSJ, FAPEMIG e CNPq.