Espaço seria para abrigar parte da estrutura da Câmara; Informação começou a ventilar após projeto de crédito especial de R$ 5 milhões
Ventila pelos bastidores políticos articulações do município para compra do prédio da Loja Maçônica que funciona ao lado da Câmara de Divinópolis, na rua São Paulo, no centro. O alerta acendeu após o prefeito Gleidson Azevedo (Novo) protocolar, no dia 17 de novembro, o projeto EM 101/2023 para abertura de crédito especial na Câmara Municipal de R$ 5 milhões.
Esse repasse refere-se ao duodécimo, parte que o Poder Legislativo tem direito dentro do orçamento do município.
“O que vai ser feito com o valor, quem faz a gestão é o presidente da Câmara e não o Poder Executivo”, informou a assessoria de comunicação da prefeitura.
Compra do prédio da loja Maçônica
Ouvidos pela reportagem do PORTAL GERAIS, inquilinos que têm salas no prédio da Loja Maçônica contaram que os próprios maçons já confirmaram as tratativas que estariam ocorrendo com o alto escalão do governo.
Tentamos contato com a diretoria, porém não encontramos ninguém para falar sobre o assunto.
Os inquilinos já receberam a carta comunicando sobre a intenção de venda, porém, sem mencionar valor. O documento também dá a eles, como de direito, a preferência sobre a compra. Quase todos já o assinaram sem pretensão de comprar o imóvel.
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Finalidade do prédio da loja Maçônica
Com a compra do imóvel, a prefeitura cederia à câmara – por meio dos processos legais – para funcionar como um anexo. Hoje, o Legislativo aluga salas no edifício Costa Rangel.
Durante a reforma do plenário, as reuniões da câmara ocorreram no local.
Desta forma, poderia, por exemplo, abrigar novos vereadores, caso o número de cadeiras aumente para a próxima legislatura. Neste caso, embora, fala-se sobre a possibilidade pelos corredores, a Mesa Diretora não apresentou nenhum projeto do tipo.
Também não há nada definido sobre a aplicação deste dinheiro pelo Legislativo. Embora, não seja negada a possibilidade de compra da loja Maçônica.
O secretário-geral Flávio Ramos afirmou que há várias alternativas, como a reforma anunciada pelo então presidente Eduardo Print Jr. Outra possibilidade seria investimento em energia solar, troca de tubulação de esgoto.
A reportagem do PORTAL GERAIS também questionou sobre a possível compra à prefeitura e aguarda retorno.
Processo de compra
Caso as compra se confirme, o município deve efetua-la por meio do poder Executivo.
Ela poderia ocorrer, por exemplo, com dispensa de licitação, já que há um imóvel definido, de interesse e com justificativa, ou seja, ampliação do prédio da câmara.
Assim, poderia, por exemplo, ser feito, segundo especialistas ouvidos pela reportagem do PORTAL GERAIS, um processo de desapropriação, seguindo os trâmites legais.
“Incoerência”
Pessoas ouvidas pela reportagem do PORTAL GERAIS – que preferem, no momento, o anonimato, alegam “incoerência”.
Além de não resolver o problema da câmara, pois continuaria dividida em dois prédios, o dinheiro poderia ser aplicado de outras formas.
Uma delas, aponta essa mesma fonte, na construção de um prédio novo em um terreno que pertence ao município na região o Centro Administrativo – sede da prefeitura, pensando em um projeto a longo prazo.
