O projeto de revitalização das sub-bacias do Rio São Francisco chega a Carmo do Cajuru esta semana. Na quinta-feira (06) será realizada a mobilização para o início dos trabalhos, que preveem diversas ações ambientais na sub-bacia hidrográfica do Ribeirão do Empanturrado. A reunião será na comunidade Monte Santo, às 19h. O objetivo é divulgar as ações e buscar o envolvimento dos produtores rurais, contribuindo na efetivação dos trabalhos em suas propriedades. Será ainda discutido a implantação do projeto Produtores de Água no Município.
Os projetos serão coordenados pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, pela Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (por meio da EMATER-MG) e com a participação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável (CMDRS). Também fazem parte das ações o Sindicato Rural de Carmo do Cajuru, Câmara Municipal, Agentes Financeiros, Sistema Autárquico de Água e Esgoto (SAEE), Agência Nacional de Água (ANA), e Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (CODEVASF).
A sub-bacia hidrográfica do Ribeirão do Empanturrado (Bacia do Rio Pará e São Francisco), corta o município de Carmo do Cajuru, passando pela sede e desaguando no rio Pará. Nasce na fazenda do Capão Escuro, perto do Empanturrado. Ao todo, o ribeirão tem aproximadamente 24,85 km de extensão e diversos afluentes. É um ribeirão muito importante geograficamente, com várias cachoeiras, como a dos Dias, a dos Coelhos e Vargem do Carmo. Nele estão inseridas diversas atividades econômicas, como agropecuárias, agroindústrias e boa parte do setor moveleiro.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Saulo Nunes, tanto o projeto de “Revitalização do Rio São Francisco” como o do “Produtor de Água” tem como princípios desenvolver ações na conservação dos recursos: solo / água / vegetação. Consistem basicamente em técnicas para conter e mitigar a destinação, deposição e acúmulo de sedimentos nos cursos d’águas provenientes de processos erosivos dos leitos de estradas e solos agrícolas. Além disso, as ações visam reter o volume hídrico de águas pluviais em bacias de acumulação “cacimbas ou barraginhas” e promover a descompactação de pastagens com subsoladores, permitindo a infiltração de água no perfil do solo.
“Com essas ações vamos promover a reversão da drenagem subterrânea em áreas de várzeas ou brejos. Faremos ainda a proteção de nascentes ou áreas de preservação ambiental permanente. Todas essas ações somadas, promoverão a médio prazo uma revitalização de cursos d’água subterrâneos e superficiais, melhoria da paisagem e principalmente melhoria do ecossistema local”, explica.
Em Carmo do Cajuru, os dois projetos juntos farão a proteção de pelo menos 50 nascentes por meio de cercamento, para evitar a entrada de animais e o pisoteio do solo, permitindo assim a revegetação natural. Será feito ainda a limpeza e implantação de pelo menos 900 “cacimbas/barraginhas”, que captam água da chuva.