Amanda Quintiliano

 

O autor Juarez Nogueira, em meio as crianças e a professora na escola da comunidade rural do Cacoco, em Divinópolis (Foto: Gulliver Editora)

O autor Juarez Nogueira, em meio as crianças e a professora na escola da comunidade rural do Cacoco, em Divinópolis (Foto: Gulliver Editora)

Incentivar sonhos e estimular a imaginação. É com esse propósito que uma editora, de Divinópolis, iniciou o projeto “Autor na Escola”. A iniciativa beneficia escolas públicas e privadas de todo o país. A ideia é simples. Cada instituição precisa adotar pelo menos um livro da editora para receber a visita do escritor.

 

O projeto nasceu em 2011 junto com a editora. Logo no lançamento do primeiro livro infantil, “Quando falar é fazer”, os editores responsáveis Joubert Amaral, Juarez Nogueira e Daniel Bicalho, cheio de expectativas, levaram até a escola o autor, sem nenhum tipo de custo. Os editores acreditam que além de estimular a imaginação dos pequenos, transmitem o gosto pela leitura.

 

“Acreditamos que a edição de livros infantis, vai muito além do fato de apenas criar um produto. Passa por trabalhar a imaginação das crianças, seus sonhos, e isso é muito importante”, disse o editor Joubert Amaral.

 

Em alguns casos, como em escolas públicas, a visita pode ser gratuita. Para receber o autor, basta trabalhar com um exemplar dentro das salas de aulas. Já no caso das instituições privadas, é necessário adquirir um livro. Em Divinópolis, por exemplo, vários Centros de Educação Infantil e Creches Municipais (Cemeis), foram beneficiados.

 

“Desde que começamos, foram poucas escolas que compraram nossos livros que não receberam a visita dos autores de presente. Em algumas oportunidades, tivemos problemas de recebimento em prefeituras, mas mesmo assim, procuramos saber para onde os livros foram enviados, para nossos autores visitarem a escola”, relata.

 

Ampliação

 

Este ano o projeto deverá ser ampliado. A intenção é transformá-lo em itinerante, sem a obrigatoriedade de compra. “Queremos levar nossos autores para todas as escolas que nos convidarem, principalmente as públicas”, completa Joubert. “Quando vemos o sorriso e o brilho no olhar de uma criança, percebemos que estamos fazendo o certo”.

 

A cada ano a iniciativa tem ganhado mais espaço por onde eles passam. Recentemente, por meio de uma Organização Não Governamental de Belo Horizonte, Arte pela Paz, a editora levou para dentro do presídio de Abaeté o livro Aldebarã, de Juvenal Bernardes. “Foi emocionante”, destaca o editor.