Prefeito afirmou que, nos primeiros 45 dias de governo, o Estado deixou de passar R$ 11 milhões para os cofres municipais
O prefeito de Divinópolis, Galileu Teixeira Machado (MDB), considerou uma “piada de muito mau gosto” a proposta apresentada pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), de incluir os débitos que o Governo de Minas tem com as prefeituras relativos a janeiro deste ano no calote aplicado pelo ex-governador Fernando Pimentel.
Galileu afirmou que, nos primeiros 45 dias de governo, o Estado deixou de passar R$ 11 milhões para os cofres municipais.
“Só pode ser brincadeira. Só em janeiro, são R$ 11 milhões que o Estado não repassou para Divinópolis. E agora querem incluir essa dívida nos R$ 105 milhões referentes ao ano passado”, protestou Galileu.
Segundo o prefeito, o compromisso do novo governo era que, já em janeiro, já não haveria apropriação do dinheiro das prefeituras. E isso não aconteceu. “Precisamos desse montante para quitar todo o décimo terceiro e outras despesas. É preciso lembrar que repassar esse dinheiro não é favor, é obrigação constitucional”, frisou.
Segundo Galileu, a Prefeitura de Divinópolis está se manifestando, junto à Associação Mineira de Municípios (AMM), contrária a essa proposta. “Além de receber essa dívida, cobramos do governo estadual uma escala de pagamento dos débitos de 2018, com início do pagamento ainda este ano”, afirmou.
Segundo a AMM, a dívida de Zema com as prefeituras já totaliza R$ 1 bilhão, relativos ao repasse de ICMS, IPVA e FUNDEB.