Menos de um mês após ter se filiado ao PROS, o partido já tem dado sinais de arrependimento por ter aceitado o vereador Marcos Vinícius. O presidente municipal da legenda, Edimar Félix irá pedir a expulsão do colega de bancada por ele não ter seguido a orientação partidária na votação do projeto de liberação de recursos para a saúde.
Durante toda a reunião desta terça-feira (19) os vereadores do PROS declararam que deixariam o plenário caso a proposta entrasse na pauta. Edimar Félix, Careca da Água Mineral e o pré-candidato a prefeito, Marquinho Clementino seguiram a recomendação. Entretanto, Marcos Vinícius não desgrudou da cadeira e ainda votou favorável a suplementação de R$ 15,6 milhões.
“Ele votou contra uma recomendação do partido, anteriormente a gente já tinha conversado com ele, estava tudo acertado que todos agiram em consonância um com o outro, mas isso não aconteceu. Por isso, vou pedir a expulsão”, argumentou.
Félix foi mais longe. Disse que o partido a nível estadual deu autonomia para ele tomar as decisões e que caso venha orientação contrária a expulsão ele pedirá a desfiliação.
Marcos Vinícius, que teve dificuldade em encontrar partido para disputar a reeleição, não está muito convencido disso. Afirma não ter um fato determinado que justifique a expulsão e nem respaldo legal.
“O partido quando quer um determinado procedimento, comportamento, ele precisa fechar questão, tem uma regularidade, isso não houve, não existe”, argumentou.
“Não posso votar contra a saúde. Sabemos da precariedade do Hospital São João de Deus, da Unidade de Pronto Atendimento e sabemos que a saúde no país inteiro está uma lastima. Se a gente dificultar qualquer ajuda esse peso pode recair sobre nós”, completou.
Dificuldades
Segundos antes de dar a declaração de pedido de expulsão, Marquinho Clementino cochichou no ouvido de Félix para não dizer nada com a “cabeça quente”.
“Não estou de cabeça quente”, rebateu o presidente da sigla.
Já no plenarinho, em uma conversa informal, Marquinho tratou a situação como complicada e não deu sinais de concordar com a medida.
A decisão de deixar o plenário, segundo o pré-candidato a prefeito, foi para não votar contra a saúde e ao mesmo tempo apoiar o movimento dos servidores municipais.
Caso o pedido de expulsão ocorra, Marcos Vinícius ficará impedido de se candidatar a qualquer cargo público este ano.