Torquato foi condenado por irregularidades na prestação de contas (Foto: Reprodução Facebook)

O PSOL perdeu o prazo da Justiça Eleitoral e não apresentou contestação contra o pedido de ação de impugnação da candidatura a prefeito, do empresário Jorge Torquato. O último dia para recorrer foi na quarta-feira (31). Entretanto, ele preferiu aguardar o julgamento para ganhar tempo e definir um nome para substituí-lo.

Embora reconheça a possibilidade mínima de ter a candidatura deferida, Torquato não está querendo “largar o osso”. Membros do PSOL confidenciaram ao Portal que estão pressionando o candidato a renunciar. Além, das chances pequenas de viabilizar a candidatura, Torquato teria descumprindo acordos com os candidatos a vereadores.

A última chance de uma conversa amistosa será nesta sexta-feira (02). Os membros do partido irão se reunir com Torquato para pedir que ele assine a renúncia. O receio é com o tempo perdido de campanha. Desde o dia 26 não é veiculado nenhum programa eleitoral do PSOL. Os filiados querem definir o nome para substituí-lo e colocar a campanha na rua.

Uma das opções seria o candidato a vice, conhecido como Mário Pedreiro. Ele já teria manifestado o interesse em manter-se na disputa encabeçando a chapa. Ainda não existe ninguém para compor com Mário. Outros filiados, antes dispostos até a sair como candidato a prefeito, como Arthur Dentista já teria desistido.

Acordo

Além da resistência para renunciar, outro fator que tem incomodado, principalmente, os candidatos a vereador é o acordo descumprindo. Torquato teria prometido abrir um comitê, intitulado “cantinho dos vereadores”, além de dar suporte para o material gráfico. No entanto, até agora, segundo uma fonte próxima ao PSOL, nada foi cumprido.

Ao PORTAL, por telefone na quarta-feira (31), Torquato disse que dará o suporte dentro das possibilidades. Sobre a renúncia, disse que aguardará a decisão do juiz e que preferiu não recorrer devido ao alto custo de manter um processo. O candidato ainda disse que a campanha e o nome dele têm crescido eleição a eleição e que ele já é uma referência como “candidato do povo”.

Impugnação

Torquato foi condenado por irregularidades na prestação de contas (Foto: Reprodução Facebook)

Torquato foi condenado por irregularidades na prestação de contas (Foto: Reprodução Facebook)

O Ministério Público baseou-se na Lei Ficha Limpa para pedir a impugnação de Torquato. Ele foi condenado por irregularidades na prestação de contas de 2010, quando disputou o cargo de deputado federal e por isso tornou-se inelegível.

Na época, a Central Pré-moldados – de propriedade do candidato – doou R$ 3 mil para a campanha dele. Entretanto, a empresa não possuía faturamento de acordo com o balanço apresentado. Como sócio da empresa ele foi condenado a pagar R$ 64 mil.