Elas eram credenciadas ao programa Farmácia Popular; Um homem suspeito de envolvimento nos golpes foi preso

Uma quadrilha está sendo investigada por adquirir drogarias conveniadas ao Programa Farmácia Popular, em Divinópolis e região, única e exclusivamente para aplicar golpes.

Ao PORTAL CENTRO-OESTE, Adriene Lopes, delegada responsável pelo caso, contou que em Divinópolis, os golpistas adquiriram uma rede chamada DrogaFarma, de duas farmacêuticas. Os infratores não pagaram elas, nem os bancos e funcionários. Fecharam o estabelecimento sem pagar o aluguel de onde moravam e das lojas onde funcionavam as farmácias.

Eles saíram da cidade da noite para o dia. Foi assim também em Pará de Minas.

“Em Pará de Minas também fizeram a mesma coisa, teve uma farmacêutica que vendeu a farmácia para eles por R$ 100 mil, deram um cheque sem fundo e ela ficou no prejuízo, porque tiram toda a mercadoria, às vezes em um período muito pequeno, para fazer fraude na venda de medicamentos populares, forjando a venda de remédios que nem tinham e obtinham os valores”, explicou a delegada.

Investigação e prisão

Adriene Lopes declarou que iniciou as investigações em março, através de notícias das vítimas dos golpes, que ficaram endividadas. Os golpistas compram as empresas, mas em nome de laranjas, com documentos falsos.

Durante a investigação, foi possível obter a identificação de Adriano Matos Silva, de 34 anos. Ele se passava por empresário e com os nomes falsos, intermediava os negócios. Através de um mandado de prisão, emitido por Adriene, o golpista foi preso na semana passada em Belo Horizonte e nesta quinta-feira (02), transferido para o presídio Floramar.

“Ele (Adriano) era procurador dos proprietários. Colocavam a empresa em nome de outra pessoa e faziam toda a transação, por meio de procuração”, finalizou Adriene Lopes.

Ainda não há um prejuízo contabilizado, pois será preciso realizar um levantamento dos golpes em funcionários, credores, fornecedores e o Ministério da Saúde, pelo Farmácia Popular.

As investigações continuam para localizar os outros golpistas, que devido aos documentos falsos, ainda não foram encontrados. Em depoimento, Adriano alegou que não conhecia ninguém e que era apenas um funcionário.