Quadrilha especializada em golpes financeiros é desarticulada em operação da Polícia Civil. (FOTO: Divulgação PCMG)
Quadrilha especializada em golpes financeiros é desarticulada em operação da Polícia Civil. (FOTO: Divulgação PCMG)

A Polícia realizou a operação nesta quarta-feira (18/12) em Carmo do Cajuru e em Esmeraldas.

Uma operação policial nesta quarta-feira (18/12) desarticulou uma quadrilha especializada em fraudes financeiras que agia em instituições e empresas em Esmeraldas e Carmo do Cajuru

A organização criminosa utilizava “laranjas” para constituir empresas e abrir contas bancárias, conseguindo financiamentos milionários para adquirir e negociar mercadorias e veículos.

Segundo as autoridades, as investigações começaram em agosto de 2024, após a denúncia de uma negociação fraudulenta que causou prejuízo financeiro significativo a uma vítima.

Durante a apuração, os policiais descobriram que a quadrilha havia causado um prejuízo estimado em R$7 milhões apenas em uma transação.

“Eles agiam em nome de laranjas, constituíam empresas, conseguiam financiamentos bancários. Com a liberação desses valores, adquiriam mercadorias e negociavam essas mercadorias”, explicou a delegada, Adriene Lopes, responsável pelo caso.

Entre os bens apreendidos estão uma BMW e uma Amarok, usados nas negociações fraudulentas de veículos e R$138 mil

“Eles trabalham nesse ramo de negociação de veículos, mas tudo é feito em nome de laranjas”, detalhou a delegada.

Esquema milionário

Em uma das contas vinculadas a um dos “laranjas”, a polícia identificou movimentações que somam R$22 milhões.

“Usavam documentos falsificados para obter financiamentos e, com esses recursos, adquiriam mercadorias, por meio dessa prática, movimentaram cerca de R$22 milhões”

“Também está sendo alvo da investigação os contadores que providenciaram toda essa documentação para que eles apresentassem às instituições financeiras”, destacou a delegada.

Os crimes atribuídos à quadrilha incluem estelionato, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, falsidade ideológica e associação criminosa.

“Nós vamos continuar as investigações. Esse foi o primeiro passo. Existem mais pessoas envolvidas”, afirmou Adriene

Após serem presos, os suspeitos optaram por permanecer em silêncio durante os depoimentos.

“Eles foram ouvidos nessa unidade, mas nada quiseram manifestar. Falaram que somente em juízo”, concluiu a delegada.

As investigações continuam para identificar outros envolvidos e rastrear valores movimentados pela quadrilha.

A polícia afirma que essa foi apenas a primeira etapa da operação.