Aumento combustível gasolina
(Foto: Divulgação/Agência Brasil)

 

Em outros setores a situação está normalizando; Falta de produtos em supermercados elevou o preço

Marcelo Lopes

Quatro dias após o fim da paralisação feita, durante dez dias, por caminhoneiros, contra os reajustes nos preços de combustíveis, a situação caminha, mesmo com lentidão, para a normalidade em algumas áreas nas cidades da região. Serviços estaduais e municipais, como os de escolas e da Prefeitura, voltam ao funcionamento normal, em Divinópolis, nesta segunda-feira (04). No transporte coletivo, os horários de circulação dos ônibus, em dias úteis, também retornaram nesta data.

Alimentícios

Ainda não recebendo completamente as mercadorias à disposição, parte de proprietários de mercados e supermercados acreditam que a situação se regularize totalmente nos próximos dias.

Gilson Amaral, proprietário de uma rede de supermercados, disse ao PORTAL que ainda não recebeu toda a mercadoria, devido a elas estarem paradas nas transportadoras. A falta de produtos ainda gera preocupação.

“Estamos ainda sofrendo com a ausência de alguns produtos, em virtude da escassez no mercado e os preços ficaram um pouco mais elevados. Um grande exemplo é o açúcar, que subiu assustadoramente, porque não tem e teve um aumento de preço. Os fornecedores que têm, estão pedindo em torno de 45% a mais, então não tem nem como comprar até normalizar, porque os distribuidores pedem mais caro e muita das vezes, em quantidade limitada. Como ainda não houve reposição, estamos trabalhando com o preço antigo”, disse.

Em outros setores, como o de hortifruti, padaria e açougue, Gilson relatou que a situação se estabilizou praticamente em ambos. No restante, ainda há um processo de normalização.

“Acredito que dentro de mais uma semana, a situação vai estar cem por cento ajustada. No caso do açúcar, assim que as usinas voltarem a produzir e a mercadoria chegar nas empacotadoras na distribuidoras, o preço deve baixar mais um pouquinho”, finalizou.

No mercadinho de Rosana Menezes, o funcionário que transporta mercadorias, como frutas, legumes e verduras, foi ao Ceasa nesta segunda (04), a procura de estoque para o estabelecimento, que no período de greve, ficou fechado por nove dias.

“Vamos ver se vai normalizar os preços, quais mercadorias que irão chegar. Na semana passada estava faltando tudo, não tinha nada. Sexta-feira (01), ele foi no Ceasa sem saber se tinha, pois como também doamos para um hospital, precisávamos muito de mercadoria, mas mamão, manga, não encontrou. Uva, foram pouquíssimas que conseguiu trazer, mas ainda algumas coisas ele achou com um preço não tão barato, mas também não tão caro”, disse Rosana.

Combustíveis

Já nos postos de combustíveis, a situação ainda segue em indefinição. Luciano Pereira disse ao PORTAL que a ausência de gasolina, diesel e álcool frustrou as expectativas de que haveria normalização no início dessa semana.

“A base não está carregando hoje pela manhã, um dos postos não tem combustível, e no outro tem, mas está acabando. A fila está enorme e não vai dar para abastecer todo mundo. A previsão era para chegar nesta segunda, mas as bases não estão transportando por um motivo interno que não me explicaram ao certo, está tudo parado por lá. Só informaram para os motoristas, que por enquanto não tem previsão para carregar. Voltamos a estaca zero de novo, achei que ia normalizar, mas não”, lamentou.

Em um outro estabelecimento do ramo, os combustíveis também estão escassos. a previsão é para chegar mais durante esta tarde, mas sem definição de horário.

“Já tá tendo uma fila aqui, mas sem previsão de horário. A situação está tensa e difícil”, disse um frentista.