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Durante o inverno, é comum ver o crescimento do número de queimadas, e a atmosfera seca com umidade relativa do ar atingindo 20% ou menos, faz com que esse problema se acarrete. Além dos diversos problemas causados por estas queimadas, um deles, trazido pela Cemig é a questão do corte de energia elétrica.
De acordo com a Cemig, em todo o ano de 2016 ocorreram 471 desligamentos em virtude dos incêndios, que afetaram mais de 267 mil consumidores em Minas Gerais. No ano de 2017, só no primeiro semestre houve 92 interrupções que prejudicaram o fornecimento de energia para mais de 41 mil clientes da companhia, mais do que o dobro no mesmo período do ano passado.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), até o início de julho, aconteceram 880 focos de incêndios em Minas Gerais. No segundo semestre do ano passado, a Cemig registrou 385 ocorrências de incêndios que atingiram a rede elétrica, causando o desligamento de energia para aproximadamente 252 mil consumidores, ou 94% dos consumidores afetados em todo o ano passado.
Os incêndios podem provocar a queima de postes e cruzetas de madeira ao atingir redes de distribuição, dessa forma causam o rompimento dessas estruturas e de cabos condutores.
O engenheiro eletricista Rodrigo Damasceno, do Centro de Operação da Distribuição da Cemig, destaca que, nesses casos, é necessário substituir os materiais, atividade que exige um tempo maior para religar os circuitos atingidos.
“Há também o risco de curtos-circuitos em linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica, causados pelo aquecimento do ar nas proximidades dos cabos condutores”, ressalta o engenheiro.
Para minimizar os danos causados pelas queimadas, a Cemig realiza anualmente ações preventivas, investindo cerca de R$ 4 milhões em ações de limpeza de faixa, com a poda de árvores e vegetações, execução de aceiro ao pé das torres e aplicação de pintura antichamas nos postes de madeira em locais de risco.